Desde o primeiro dia de descanso, as etapas foram divididas entre fugas e sprinters. Mas este 14 de julho podia ter significado o regresso das grandes manobras. A curta etapa terminou com a temível subida do Grand Colombier, onde se esperava que os favoritos se defrontassem, em particular o camisola amarela Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) e o seu rival número, Tadej Pogacar (UAE Team Emirates).
No entanto, como acontece frequentemente na corrida, a luta pela fuga foi feroz, com algumas caras conhecidas na luta. Depois de 30 minutos de discussão, um grupo de 20 elementos separou-se finalmente na frente, com três franceses e um português determinados a vencer neste feriado: Quentin Pacher (Groupama-FDJ), Adrien Petit ( Intermarché - Circus - Wanty), Pierre Latour (TotalÉnergies) e Nelson Oliveira (Movistar)
Mas os Emirates tinham outros planos. Deixaram passar a fuga, mas aumentaram o ritmo para manter a diferença abaixo dos três minutos. O objetivo declarado era manter a fuga sob controlo para favorecer a vitória de Tadej Pogacar. Mas com o cansaço, a diferença ultrapassou o limite esperado, aproximando-se dos quatro minutos no sopé da última subida.
Mas o mais difícil ainda estava para vir para os líderes. Quase desde o início da subida, Quentin Pacher acelerou para assumir a liderança, antes de ser apanhado e ultrapassado por um trio formado por James Shaw, Harold Tejada e Maxim Van Gils. Michal Kwiatkowski veio de trás e atacou os três primeiros. O polaco deixou uma boa impressão, mas atrás de si, a Emirates foi-se afastando gradualmente.
O antigo campeão do mundo aumentou a vantagem sobre os seus perseguidores e resistiu ao pelotão ao ponto de ainda ter mais de dois minutos a cinco quilómetros do fim. Desta vez, a vitória era certa e esperava-se ação no grupo dos favoritos. Adam Yates acendeu o rastilho pouco antes do fim, mas Pogacar acabou por colocar um ponto final a 500 metros do fim, ganhando oito segundos.
Michal Kwiatkowski (INEOS-Grenadiers) venceu no topo do Grand Colombier, ganhando a segunda etapa na Grande Boucle depois de 2020. Jonas Vingegaard mantém a camisola amarela por alguns segundos, mas provavelmente não é o resultado que a equipa dos Emirates esperava.