"Como ciclista, penso que chegou o momento de dizer: chegámos ao fim", declarou Rigo no final da Volta à Colômbia de domingo, segundo um boletim da equipa americana, que lamentou a despedida do homem que foi o "capitão" durante nove anos.
"El Toro de Urrao" é um dos melhores scarabajos da chamada geração de ouro do ciclismo colombiano, juntamente com Nairo Quintana e Egan Bernal.
Durante a competição cafetera que começou na terça-feira, confessou aos meios de comunicação social que temia a reforma, mas já estava a pensar na sua nova vida como empresário.
"Demorei muito tempo a tomar esta decisão. É algo em que pensei muito (...) Durante quase 23 anos (de corrida), o meu objetivo era levantar-me, tomar o pequeno-almoço e andar de bicicleta", acrescentou Urán no texto divulgado por uma das equipas de topo do World Tour, a categoria máxima.
Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres em 2022, Rigo afirmou-se no ciclismo pela capacidade de subir montanhas e de correr o contrarrelógio, mas também pelo humor e estilo jocoso. No pelotão internacional, é um dos ciclistas mais experientes e respeitados.
Na Volta à França de 2017, lutou contra o britânico Chris Froome, mas acabou por não o conseguir apanhar e terminou em segundo lugar na geral. Em 2013, foi derrotado no Giro d'Italia por Vincenzo Nibali, outra lenda do desporto do pedal, e em 2014 pelo seu compatriota Quintana.
Numa entrevista à AFP, esta semana, afirmou que, ao retirar-se, ia sentir que estava a perder "uma parte" da sua vida, mas que, "realisticamente", já não estava a competir ao nível que tinha antes.
Em 2019, um acidente durante a Vuelta dividiu a sua carreira em duas. Partiu a clavícula esquerda, a omoplata em vários sítios e o pulmão esquerdo foi perfurado depois de ter partido duas costelas, mas recuperou e continuou a ser a estrela dos Grand Tours.
