O britânico, e o duplo campeão mundial Max Verstappen, expressaram preocupações sobre as características da nova unidade de potência, alimentando a especulação de que podem estar atrasados no desenvolvimento.
A nova unidade tem uma relação de 50-50 entre o motor de combustão interna e a eletricidade, e Horner avisou que a forma mais rápida de completar uma volta será reduzir a velocidade nas retas para recarregar as baterias.
A Red Bull, que será parceira da Ford a partir de 2026, após uma rutura total com a Honda, recrutou especialistas em motores da rival Mercedes e de outros fabricantes, e construiu uma fábrica de motores como parte de um "campus" de 50 hectares em Milton Keynes.
O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, perguntou na Áustria, no passado fim de semana, qual poderia ser a "verdadeira motivação" de Horner para criticar os regulamentos de 2026, sugerindo que o seu rival pode ter "medo" de não ser competitivo.
"Acho que estamos em boa forma. Temos dois anos e meio", disse Horner numa visita à fábrica, antes do Grande Prémio de Inglaterra deste fim de semana, referindo-se a "campanhas de medo".
"Não tenho certeza de quão perto Toto está oe seu negócio de motores", acrescentou.
"À medida que se começa a ver o programa a ganhar vida e à medida que as simulações melhoram, vêem-se algumas das limitações. Que são inevitáveis. Por isso, eu diria que talvez seja o resultado do facto de estarmos tão avançados que estamos realmente a ver algumas das limitações", acrescentou.
Horner não acha que seja demasiado tarde para adaptar as especificações e que não será preciso muito.
"Quer o façamos no fluxo de combustível ou na massa celular, só precisamos de mudar um pouco essa relação para garantir que temos grandes corridas", acrescentou o chefe de equipa mais antigo da Fórmula 1.
Verstappen disse na Áustria que os dados do simulador "parecem terríveis".
"Se formos a fundo na reta em Monza... a 400 ou 500 metros antes do fim da reta, temos de reduzir a velocidade porque é mais rápido. Não me parece que seja esse o caminho a seguir", acrescentou o piloto neerlandês.
"Temos de olhar para isto com seriedade, porque 2026 não está assim tão longe. E, neste momento, acho que parece muito mau, tendo em conta todos os números e o que já consigo ver a partir dos dados", acrescentou.
Em Silverstone, na quinta-feira, Verstappen voltou ao assunto e, tal como Horner, disse que a Red Bull estava à frente do calendário. O neerlandês sugeriu que outros pilotos podem ainda não ter percebido que havia um problema.
"Não tenho certeza de quantos estão realmente cientes do que parece", disse ele.
A Red Bull também está a planear um novo túnel de vento ao lado da fábrica e Horner disse que os motores da Red Bull terão o prefixo DM para garantir que o falecido fundador da equipa, Dietrich Mateschitz, continue no coração do carro.