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MotoGP: Miguel Oliveira admite não ter pensado “em trocar para a mota de pneus de chuva”

Miguel Oliveira terminou em 11.º lugar
Miguel Oliveira terminou em 11.º lugarGABRIEL BOUYS/AFP
Miguel Oliveira (Aprilia) admitiu “nunca ter pensado em trocar de mota” no Grande Prémio de San Marino deste domingo, quando começou a chover, pois sabia que “perderia tempo nas boxes” na 13.ª prova do Mundial de motociclismo de velocidade.

O piloto natural de Almada, de 29 anos, que partiu da 18.ª posição, cortou a meta a 46,386 segundos do vencedor, o espanhol Marc Márquez (Ducati), com o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) na segunda posição, a 3,102 segundos, e o compatriota Enea Bastianini (Ducati) em terceiro, a 5,428.

A corrida ficou decidida quando a chuva ameaçou começar a cair e alguns pilotos, incluindo o líder do campeonato, o espanhol Jorge Martin (Ducati) decidiram ir às boxes trocar as motas de pneus de piso seco por motas com pneus de chuva.

Uma opção que se revelou errada pois as gotas não passaram de uma ameaça.

“Nunca pensei em trocar de motas durante a corrida. Quis esperar pelo menos mais uma ou duas voltas porque perde-se muito tempo a ir às boxes, especialmente porque neste circuito o pitlane (via das boxes) é muito longo”, explicou o português.

Miguel Oliveira sublinhou que queria ter “a certeza de que, se fizesse a troca”, não se arrependeria.

“Não tinha um bom pressentimento, especialmente por ter começado com um pneu médio na traseira, pois não podia atacar nem fazer ultrapassagens com estas condições da pista”, frisou Oliveira.

No entanto, sabendo que “a corrida era longa, os pneus iriam funcionar a determinada altura”.

“Depois, começou a chover e isso complicou as coisas ainda mais. Era muito fácil cair, mas consegui manter-me em cima da mota, andei muito lento, o que tornou menos provável que caísse”, acrescentou o piloto português da equipa Trackhouse.

A partir dessa altura, Miguel Oliveira ascendeu ao 11.º lugar, depois de ter largado da 18.ª posição.

“Fiquei numa espécie de ilha, entre dois grupos, com 10 segundos de vantagem para as motas que vinham atrás e cinco para as que estavam à frente. Por isso pensei em segurar a posição e tentar chegar ao final”, concluiu o piloto luso.

Com estes resultados, Miguel Oliveira manteve o 13.º posto do campeonato, com 65 pontos.