A Croácia, finalista vencida da edição de 2018 do Campeonato do Mundo, na Rússia, bateu o Japão nos penáltis e assegurou o apuramento para os quartos de final do Mundial-2022, naquela que será, pelo menos, a terceira melhor prestação da seleção na prova.
Zlatko Dalic manifestou orgulho nos seus jogadores, mas mostrou-se ciente de que o desafio frente à canarinha será de exigência distinta.
"O Brasil tem (mais de) 200 milhões de pessoas, nós (Croácia) apenas temos quatro milhões. Somos uma espécie de subúrbio de uma cidade brasileira", sublinhou o técnico, que espera "um jogo diferente de todos aqueles" que os croatas disputaram até ao momento na prova, porque "o Brasil gosta de jogar futebol".
"Se analisarmos realisticamente, o Brasil é a melhor seleção do torneio, tem jogadores fantásticos, uma excelente equipa, é assustador e, por isso, é um grande teste para nós".
Para Dalic, "não há melhor" do que defrontar o conjunto sul-americano num Mundial. "Mas talvez preferíssemos que fosse na final do que nos quartos de final", admitiu.
"Queremos esforçar-nos ao máximo e não nos vamos render antes do jogo. Queremos contrariar a qualidade do Brasil com a nossa própria qualidade e queremos jogar futebol contra eles", apontou o treinador, que recusa comparações entre a renovada seleção croata e a que jogou contra a França na final da prova em 2018.
"Já conquistámos um resultado histórico com a medalha de prata em 2018 e a de bronze em 1998, e este é o terceiro melhor resultado da Croácia num Mundial. Não faço comparações com a equipa de 2018, porque, na altura, os nossos jogadores jogavam em clubes como Barcelona, Inter, Juventus, Liverpool ou Real Madrid. Comparando com a realidade atual, temos seis jogadores da primeira divisão croata, é uma equipa diferente. Mas tiro o meu chapéu a esta geração, porque todos estão a jogar de forma excelente", vincou.
Apesar de ter visto a canarinha dominar e eliminar a Coreia do Sul, Dalic mantém a confiança na sua equipa e, mesmo assumindo que não se trata de um jogo de "50-50" no que às probabilidades diz respeito, recusa que o favoritismo esteja todo do lado do adversário.
"O Brasil é favorito e podemos ver que há uma atmosfera excelente na equipa, que tem jogadores de classe mundial, como o Neymar, que regressou de lesão. Temos de ser muito inteligentes na nossa abordagem, não podemos abrir-nos muito, mas também não podemos retrair-nos", explicou.