Quem assume, inicialmente, pelo prazo de 30 dias, é José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que será o responsável por conduzir novas eleições.
Também foram afastados os oito vices-presidentes da entidade: Antônio Aquino Lopes, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Hélio Cury, Marcus Vicente, Reinaldo Carneiro Bastos, Roberto Góes e Rubens Lopes.

A decisão entrará em vigor assim que for publicada, o que deve acontecer na segunda-feira.
A ação foi movida pelo Ministério Público, em 2018, na época do ex-presidente Rogério Caboclo, afastado após denúncias de assédio sexual. O documento questiona os critérios da eleição da CBF. Ednaldo assumiu a presidência da CBF, de forma definitiva, em março de 2022.
Nessa data, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro colocou Ednaldo no cargo.

A maneira como Ednaldo chegou à presidência não estaria de acordo com a Lei Pelé, que prevê peso igual entre federações e clubes.
Em 2017, uma Assembleia Geral da CBF alterou as regras para as eleições na entidade, que aconteceram sem a participação dos clubes, gerando denúncia do Ministério Público.

A decisão considera que o TAC é ilegal, pelo facto de o MP não ter legitimidade para interferir nos assuntos da CBF, uma entidade privada. A decisão foi unânime e a CBF vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A CBF defende-se, afirmando que a TAC é legal. "Pelas regras jurídicas, pela jurisprudência, pela doutrina, pelo histórico de decisões acertadas do TJ do Rio, esperamos que ação seja declarada prejudicada", afirma Gamil Foppel, um dos advogados da CBF no caso.
