Svitolina, que está de volta ao circuito mundial para disputar o Open de Charleston, depois de um período de pausa na carreira por ter sido mãe, falou em apoio à compatriota Lesia Tsurenko, que revelou ter desistido de Indian Wells depois de um ataque de pânico motivado por uma conversa que teve com Steve Simon, responsável da WTA, sobre a reação do mundo do ténis à invasão russa.
"Temos medo, sentimo-nos vazias. O que está a acontecer com a Lesia é muito triste. As pessoas que não experienciaram algo deste género não conseguem perceber o que alguém sente por não ter casa, por não se sentir segura em lado nenhum, por ter família na Ucrânia, debaixo de bombas, por saber que as cidades ucranianas estão a ser destruídas. É um misto de medo e de um grande vazio", sublinhou Svitolina, que era número 20 do ranking WTA quando interrompeu a carreira, em declarações ao L'Equipe.
"A WTA devia ter feito mais, muito mais, a vários níveis. Agora é tarde demais. Houve muitas notas de imprensa, muitas entrevistas. Foi inútil", vincou a ucraniana.
A WTA, a par da ATP, elogiou a decisão da organização de Wimbledon após o levantamento da suspensão de atletas russos e bielorrussos, confirmado na semana passada, o que lhes permite competir no Grand Slam de relva como jogadores "neutros".
Também na última semana, a tenista ucraniana Marta Kostyuk disse que o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, estava errado ao defender que os atletas russos e bielorrussos podem regressas às competições internacionais porque já competem sem problemas noutros desportos.
Questionada sobre qual será a sua reação caso os desportistas desses dois países integrem os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, Svitolina garantiu "não pensar nisso". "Cabe ao Comité Olímpico e ao Comité Ucraniano pensarem nisso e fazerem o seu trabalho. O meu trabalho, enquanto jogadora, é preparar-me", apontou.