Entrevista Flashscore a Jairzinho: "Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas"

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Entrevista Flashscore a Jairzinho: "Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas"
Entrevista Flashscore a Jairzinho: "Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas"
Entrevista Flashscore a Jairzinho: "Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas"
Profimedia
O Mundial-2022 está cada vez mais perto e o Flashscore esteve à conversa com Jairzinho, o 'furacão' da seleção brasileira no Mundial de 1970, no México. A antiga lenda é um dos dois jogadores que marcaram em todos os jogos numa só edição do Campeonato do Mundo, juntamente com Ghiggia, em 1950.

- Quais as suas expectativas para a seleção do Brasil neste Mundial? Há condições para os brasileiros pensarem no hexacampeonato no Catar?

- O Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas. Não vejo nenhuma outra seleção que nos faça temer, a não ser as tradicionais, e o Brasil é uma delas. Nós temos um bom plantel, jogadores de qualidade, um treinador muito bom. As minhas expectativas são as melhores e podemos, sim, ser campeões novamente. 

- Acha que a seleção brasileira já deixou de ser dependente de Neymar?

- Sabe, eu discordo muito disso, de nós estarmos dependentes de um único jogador. Um jogador não faz nada sozinho dentro de uma equipa. Isso aconteceu naquela equipa de 1970. Toda a gente falava do Pelé, mas a grande atração foi Jairzinho, junto com Rivellino, Tostão, Gérson. Nós apenas fomos canais, companheiros, uma equipa, para que o Pelé também pudesse brilhar. 

- O que sente à volta desta geração brasileira para este Mundial?

- É um sentimento de total atenção, incentivo, para que esse grupo que lá está possa fazer o Brasil voltar a ser campeão, voltar outra vez a ser uma equipa que encanta o adepto e une o povo brasileiro. 

- Quais são as suas maiores lembranças do Mundial de 1970? 

- O que mais me marcou foi o carinho e a receção que os mexicanos nos proporcionaram, porque o Botafogo era a equipa brasileira que mais jogava no México, fazíamos diversas excursões para lá. Nós já éramos mais conhecidos no México e os mexicanos passaram para o nosso lado, vibrando e torcendo por nós. Não posso deixar de falar daquela equipa que montámos. Um esquadrão. O Brasil nunca montou uma seleção com a presença de cinco camisolas 10 e, graças a Deus, conseguimos fazer isso dar certo. Para mim, uma das maiores seleções da história do Brasil.

- Como é que foi aumentando a sua confiança para se tornar o 'furacão' daquele Mundial? 

- O meu objetivo era justamente chegar à final e foi o que aconteceu. Eu contribuí, junto com todos os meus colegas, e dá para ver esse carinho com que as pessoas se recordam de nós quando dou uma entrevista como essa, faz um reconhecimento de todos. Naquela seleção o único conhecido era o Pelé, mas todos escreveram o seu nome de forma definitiva na história. Aquele Campeonato do Mundo teve o Jairzinho, que marcou em todos os jogos de um Mundial. 

- Que razão vê para o Brasil nunca mais ter vencido um Mundial desde 2002?

- Em 1970 todos nós jogávamos no Brasil. Hoje é cada um a jogar num país diferente e isso leva a essa falta de entrosamento, até porque a preparação é muito curta. Não dá para ajustar uma seleção em apenas duas ou três semanas. É preciso tempo, estar junto. Acho que falta isso à seleção brasileira. E não é porque os outros países evoluíram. É porque não estamos conseguindo ter o mesmo tempo de treino que essas seleções possuem. 

- A era Tite está para acabar. Concorda com um treinador estrangeiro na seleção brasileira? 

- Treinador estrangeiro eu discordo. Eles não sabem mais do que nós, estamos cheios de grandes treinadores no Brasil, com grande conhecimento. É preciso apenas que quem manda no futebol faça a melhor decisão e, com certeza, seremos bem comandados.