Nova Jérsia, 27 de junho de 2016:
Lionel Messi perdia a final da Copa América, diante do Chile, nos penáltis, e anunciava a sua retirada da seleção da Argentina: "Para mim terminou a seleção. É incrível mas não dá mais para mim", afirmava o craque.
Doha, 26 de novembro de 2022:
Enzo Fernández é lançado em campo, a partir do banco, no segundo jogo da Argentina no Mundial e, após o golo de Messi, recebe a bola do 10 para marcar um golaço e fazer o 2-0 ao México. Enzo Fernández abraça Messi e a imagem multplica-se pelos milhões de argentinos, extasiados pela vitória depois da desilusão com a Arábia Saudita.
São cerca seis anos que separam estas duas datas. Os protagonistas, porém, são os mesmos. É que a 27 de junho de 2016 o mesmo Enzo Fernández, então um mero jogador da formação do River Plate, escrevia no Facebook uma mensagem emocionada, pedindo a Messi que não renunciasse à seleção. O médio, hoje no Benfica, tinha... 15 anos.
"Como te vamos convencer que não conseguimos entender que és um ser humano, uma pessoa com um talento inimaginável, o melhor jogador do planeta, mas uma pessoa", escrevia Enzo Fernández.
"Faz o que quiseres, Lionel, mas por favor pensa em ficar. Fica para te divertires, que é isso que as pessoas te querem tirar. Desde miúdo que de certeza sonhavas representar este país e divertir-te. Joga para te divertires porque, quando te divertes, não tens ideia do que nos divertimos a ver-te", pode ler-se na publicação de Enzo Fernández, em 2016.