Entrevista Flashscore a tugadatribo (eSports): "O meu sonho é ser streamer"

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Entrevista Flashscore a tugadatribo (eSports): "O meu sonho é ser streamer"
Entrevista Flashscore a tugadatribo (eSports): "O meu sonho é ser streamer"
Entrevista Flashscore a tugadatribo (eSports): "O meu sonho é ser streamer"Twitter/tugadatribo
Tugadatribo é um dos nomes que marca o presente ano, no que aos esports diz respeito, mais concretamente ao mundo do Counter-Strike. O Flashscore esteve à conversa com Sérgio Rita e recordou o percurso do português mais brasileiro do momento, com especial enfoque no último Major.

Nasceu e cresceu na Bélgica, passou por Portugal antes de se voltar a fixar em Bélgica. Pelo meio, tugadatribo apaixonou-se pelo mundo dos esports e, há três anos, entrou no cenário competitivo, como jogador de Counter-Strike, sob a tag NEWKLELE.

Após abandonar a competição, tornou-se viral ao marcar presença no primeiro Major deste ano, em Antuérpia, fazendo-se acompanhar por um... tambor. O objeto até então desconhecido para os adeptos que acompanham os grandes eventos presencialmente levou-o à ribalta. Integrou a famosa Tribo do streamer Gaulês adotando o nickname pelo qual é conhecido atualmente, criou a sua base de fãs no Brasil e foi convidado para estar presente no Rio de Janeiro.

- Quem é o tugadatribo?

- Sou o Sérgio, mais conhecido como tugadatribo. Tenho 24 anos, nasci na Bélgica e passei a minha infância em Portugal, dos três aos 16 anos. Depois voltei à Bélgica com 16 anos, até aos 22 anos. Acabei os estudos lá e voltei para Portugal. Joguei futebol e hóquei em patins desde os meus cinco anos, sempre fui muito talentoso e com futuro, mas parei ambos em 2019 para poder dedicar-me a 100% ao Counter-Strike.

- Esta vertente de adepto e streamer nasce do teu percurso enquanto jogador de CS:GO?

- O meu objetivo/sonho é ser streamer, mas neste momento é difícil porque tenho o meu trabalho como bagageiro. Mas, assim que acabar o contrato de trabalho, em fevereiro, vou dedicar-me totalmente às transmissões para poder viver de algo que sempre gostei. Trabalhar em algo que nós gostamos é o maior objetivo da vida.

- O que difere o Tuga da Tribo do NEWKLELE?

- O NEWKLELE era competitivo e sonhava em ser jogador profissional de CS:GO. O tugadatribo é um representante da Tribo, representando-a nos eventos e também os adeptos de CS.

- Saltaste para a ribalta no Major de Antuérpia. Como foi essa experiência?

- Fui lá para aproveitar o evento, visto que era no país onde nasci. Levei o tambor porque nunca vi ninguém com tambor num evento de CS e fui muito bem recebido pela Tribo. Foi aí que nasceu o tugadatribo.

- E na Blast Lisboa, como foi estar em cima do palco perante milhares de espetadores e “comandar” o público a partir da bancada?

- Foi um momento incrível com um ambiente maravilhoso. Estava muito nervoso, mas assim que subi ao palco fiquei mais calmo porque tinha dois grandes apresentadores comigo, o James Banks e o Alexandre “Archarom” Maia.

Tugadatribo subiu ao palco do maior evento de esports já realizado em Portugal
Tugadatribo subiu ao palco do maior evento de esports já realizado em PortugalBLAST Premier

- Como reagiste ao receberes o convite da ESL para estares presente no Rio de Janeiro?

- Não esperava receber os bilhetes para os dias todos. Esperava só receber para a Champions Stage. Assim que recebi os ingressos todos, sabendo que a Imperial se tinha qualificado, tive de comprar outra passagem de avião, que custou mais 700€ e no total ficou em 1.650€. Mas certamente valeu a pena.

- Foste bem recebido por parte do público brasileiro e da Tribo?

- Fui muito bem recebido, a maioria dizia sempre "olha o tuga, ele veio", alguns pediam fotos e conversavam comigo. Receber esse tipo de carinho fez-me sentir com mais vontade de viver mais momentos destes.

- Como foi conheceres o Gaulês e estares com os grandes nomes da comunidade brasileira?

- Para mim o mais incrível foi assim que nos cruzámos, ele olhar para mim e me reconhecer. É um sentimento que não dá para explicar. Depois de estar anos a vê-lo pelo monitor e poder estar com ele de perto e ser reconhecido… é surreal.

- Consegues descrever o momento em que conheceste o teu ídolo Fallen?

- Acho que só daqui a uns meses é que vou conseguir explicar o sentimento. Foram tantas coisas que aconteceram em tão pouco tempo, que ainda não deu para processar.

- Atualmente és uma das figuras da Tribo, com os fãs a reconhecerem-te e a encherem os chats de mensagens sempre que te veem. É bom ter o reconhecimento do público brasileiro?

- É algo maravilhoso porque são mensagens boas de carinho. Acho até engraçado porque eu não me acho uma estrela, sou uma pessoa normal, que tem o seu trabalho. Mas isso faz-me ter um novo caminho na vida, algo que sempre quis, que é viver do CS.

- Esperas atingir esse patamar em Portugal?

- Com certeza. O meu sonho é ser streamer, e poder estar em "casa" e ser reconhecido pelas pessoas enquanto ando na rua, acho que será muito bom.

- Agora que terminou o Major, o que perspetivas para o teu futuro?

- Já se sabe que vai haver o IEM Brasil 2023, por isso vou estar a fazer transmissões para arrecadar dinheiro para comprar as passagens o mais cedo possível.

- A tua presença em Paris está assegurada?

- Nada está assegurado, mas acredito que sim. Haverá muitos portugueses e brasileiros lá, muitos já me disseram que vão por minha causa e querem que a bateria esteja presente em Paris para poderem viver um dos melhores momentos das suas vidas.