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Ex-presidente do Santos é suspeito de negociar cocaína apreendida pela polícia

Orlando Rollo é acusado de negociar a devolução de uma parte da droga apreendida pela polícia
Orlando Rollo é acusado de negociar a devolução de uma parte da droga apreendida pela políciaProfimedia
O ex-presidente do Santos Futebol Clube, Orlando Rollo, que também é investigador da Polícia Civil, é um dos suspeitos de negociar carregamentos de cocaína apreendidos em ações policiais com a maior fação criminosa do Brasil. A detenção de Rollo manteve-se esta quarta-feira. A informação é dos meios de comunicação brasileiros G1 e da TV Tribuna.

Procuradores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) afirmam que não há dúvidas de que os agentes negociaram a devolução de quase 800 quilos de cocaína em troca de pagamento de suborno. Os procuradores pediram à Justiça a conversão da prisão temporária em preventiva, que foi aceite pelo juiz responsável pelo caso. 

As investigações começaram quando os polícias oficializaram a apreensão de 168 quilos da droga. O volume, no entanto, seria bem superior ao relatado. Imagens e áudios identificaram Rollo a negociar com João Armôa Neto, advogado de Vinycius Soares da Costa, braço direito de André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos maiores traficantes internacionais de droga.

Os advogados de Rollo e Neto disseram que vão recorrer da decisão.

Segundo o Ministério Público brasileiro, Vinycius e Armôa disponibilizaram-se a realizar um pagamento de 4 milhões de reais (cerca de 730 mil euros) em troca da droga. O traficante acabou por ser detido no dia 8 de agosto, um mês antes da detenção do seu advogado. Rollo e outros três polícias civis foram presos durante uma operação em 18 de novembro.

Rollo foi conselheiro do Santos durante sete mandatos entre 1999 e 2014 e de 2017 e 2020. Na eleição para a presidência do clube, em 2014, ficou em quarto. Em 2017, foi o vice-presidente da eleição vencida por José Carlos Peres. Substituto de José Carlos Peres, que sofreu impeachment, esteve no cargo por três meses.