O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, e a diretora da F1 Academy, Susie Wolff, a mulher do austríaco que trabalha para a Formula One Management (FOM), estão debaixo dos holofotes depois de a FIA ter emitido uma declaração surpresa na terça-feira.
No comunicado, a FIA mencionou a especulação dos meios de comunicação social sobre "informações de natureza confidencial transmitidas a um diretor de equipa de F1 por um membro do pessoal da FOM" e disse que o departamento de conformidade estava a investigar.
De acordo com um relatório da revista Business F1, outros diretores de equipa manifestaram preocupação com possíveis fugas de informação em reuniões privadas.
"Temos uma grande rivalidade em pista, mas não apresentámos qualquer queixa oficial à FIA sobre a Susie, o Toto ou a Mercedes", disse Horner à Sky Sports.
"Na verdade, a Red Bull tem sido a equipa que mais se envolveu com a Formula One Academy desde o seu início, ao ponto de, entre as duas equipas detidas pela Red Bull, vamos inscrever três carros. Penso que nós, tal como outros, ficámos bastante surpreendidos (com) a declaração que saiu ontem (terça-feira) à noite. Certamente não foi instigada, exigida ou desencadeada pela Red Bull", prosseguiu.
"Isto é uma coisa da FIA. Eles tomaram esta ação, mas certamente nada tem a ver com a Red Bull", acrescentou.
A Mercedes de Toto Wolff, outrora dominante, foi a rival mais próxima da Red Bull na época passada e o próprio tem travado uma rivalidade feroz com Horner ao longo dos anos.
A série júnior da F1 Academy, exclusivamente feminina, apoia sete Grandes Prémios na próxima época. Cada uma das 10 equipas nomeia um piloto e terá a sua pintura num carro.
Susie Wolff emitiu a sua própria declaração na terça-feira, dizendo que se sentia "profundamente insultada" por ter a sua integridade posta em causa.
Falou também de um "comportamento intimidatório e misógino" que se centrou no seu "estado civil e não nas capacidades".
A Mercedes também rejeitou as alegações contra Toto Wolff que, segundo a equipa, "afetam erradamente a integridade e a conformidade do chefe de equipa".
A Fórmula 1, propriedade da Liberty Media, expressou entretanto "total confiança de que as alegações estão erradas".