A final do Mundial-2022 teve um pouco de tudo: golos, penáltis, momentos de consagração, celebrações insólitas e polémicas. A isto junta-se agora um suposto caso de arbitragem.
Esta segunda-feira, o L’Équipe aponta para o facto de o terceiro golo da Argentina ter sido marcado de forma ilegal. Segundo as imagens televisivas, estavam dois suplentes da Albiceleste dentro de campo antes de Messi (108 minutos) introduzir a bola dentro da baliza, algo que é ilegal.
E o diário francês usa como base o artigo nono da regra 3 do regulamento do IFAB (autoridade que dita as regras do futebol). Segundo isto, o árbitro deve anular o golo se antes da bola ultrapassar a linha de baliza estiver um elemento extra (suplente, jogador expulso ou membro da equipa técnica) da equipa que marcou dentro das quatro linhas, e retomar o jogo com um pontapé livre da posição onde surgiu a infração.
A mesma regra explica ainda que o golo deverá ser válido se o elemento extra que estiver em campo pertencer à equipa que sofreu golo ou, no caso de ser alguém externo aos dois conjuntos, não ter tido influência na jogada.
O mesmo ponto deixa ainda uma ressalva, que pode ser utilizada para justificar a legalidade do golo: “Se, depois do golo ter sido marcado e o jogo retomado, o árbitro perceber que uma pessoa extra estava no relvado quando a bola entrou, o golo não pode ser anulado”. Ou seja, se a infração só foi percebida após França ter reatado a partida no meio-campo, então não havia nada a fazer.