A primeira imagem pública do FC Porto de Sérgio Conceição versão 2023/24 trouxe uma novidade. Depois de empréstimos consecutivos a Casa Pia e Estoril, Romário Baró surgiu num meio-campo que ainda se encontra órfão de um sucessor para Matheus Uribe (Nico González e Alan Varela estão a caminho).
De resto nota para o facto de Evanilson ter ficado fora da ficha de jogo. O avançado, que marcou diante do Imortal, num jogo-treino realizado de manhã, fica fora das opções tal como Francisco Meixedo, Wendell, Ussumane Djaló, Vasco Sousa, Abraham Marcus, Rui Monteiro e Samuel Portugal. João Mário está ainda entregue ao departamento médico.
Talvez fruto da intensidade habitual das pré-épocas de Sérgio Conceição, o FC Porto entrou algo apático na partida. Ao contrário do que é normal nos dragões desde a chegada do internacional português ao banco, a equipa ia perdendo duelos e permitiu ao Cardiff ganhar confiança.
Primeiro Callum Robinson e depois Karlan Grant visaram a baliza de Diogo Costa no espaço dos primeiros seis minutos. Um viu o guardião defender, o outro falhou o alvo.
Contra a corrente da partida, o FC Porto adiantou-se no marcador. Com Romário Baró a dar início à jogada, Taremi mostrou porque é um dos avançados mais procurados neste momento e libertou Toni Martínez nas costas da defesa. Dimitrios Goutas ainda evitou um primeiro remate, mas à segunda o espanhol colocou o no fundo das redes.
O golo não apazigou as dificuldades sentidas pelo FC Porto. E Sheyi Ojo esteve perto do golo em duas ocasiões. Numa primeira ocasião conseguiu mesmo ultrapassar Diogo Costa, mas Zaidu cortou perto da linha de baliza, na outra, o guardião opôs-se com uma excelente defesa a um remate de fora da área que levava selo de golo.
E numa repetição do que tinha acontecido antes, o FC Porto volta a marcar contra a corrente e, novamente por Toni Martínez. Pressão alta dos dragões, com o Cardiff a reclamar uma falta, mas o que é certo é que a bola acaba nos pés de André Franco que assiste o matador espanhol já dentro da área.
Entrada do Maestro
No segundo tempo, Sérgio Conceição lançou Eustaquio e Otávio. O jogo mudou completamente de feição. Há poucos jogadores atualmente tão decisivos numa equipa como o internacional português, e não é por acaso que há quem esteja disposto a pagar muitos milhões de euros por ele.
O FC Porto passou a controlar a partida. E fora o susto provocado por Aaron Ramsey, que rematou ao poste depois de também ter sido lançado ao intervalo, o Cardiff não mais incomodou a baliza de Diogo Costa.
Aos 47 minutos surgiu novo golo do FC Porto, desta feita por Taremi. O iraniano aproveitou um penálti marcado com recurso ao VAR, por mão na bola de Wintle, para fazer o terceiro dos dragões.
Galeno ainda fez o quarto aos 61 minutos, mas o VAR descortinou uma falta que o árbitro afegão, Halim Shirzad, refugiado em Portugal, corroborou. O golo estava sim reservado a alguém mais especial, do ponto de vista dos adeptos.
Único reforço oficial do FC Porto esta temporada, Fran Navarro aproveitou um erro clamoroso da defesa galesa para se estrear a marcar com a camisola azul e branca, pelo menos aos olhos dos adeptos.
Foi o final de festa para o primeiro ensaio público do FC Porto que nem sempre apresentou a qualidade desejada, mas que deu uma resposta forte. Segue-se novo adversário do futebol inglês, desta feita o Wolverhampton, na terça-feira.