Sevilha e Real Betis, a milhares de quilómetros de distância da capital, trouxeram a emoção e a intensidade que costumam trazer quando se defrontam perante os respetivos adeptos. O Estádio Akron foi o cenário de um clássico que os mexicanos em Guadalajara puderam apreciar. Provavelmente esperavam mais golos, mas pelo menos evitaram um nulo.
Tanto José Luis Mendilibar quanto Manuel Pellegrini deram ao jogo a importância que ele merecia, apesar do alto nível de rivalidade. O primeiro começou com vários jogadores da casa (Juanlu Sánchez e Kike Salas) e outros que se esperava que fossem suplentes (Thomas Delaney e Gonzalo Montiel). O chileno, por outro lado, incluiu Rui Silva, William Carvalho, Abner Vinícius e Andrés Guardado. O compatriota deste último, Tecatito Corona, também jogou.
A equipa de Nervión teve mais oportunidades, embora ambas as equipas tenham tido chances de marcar (Borja Iglesias, por exemplo, falhou com a baliza deserta). Foi preciso esperar até ao minuto 92 para que o empate fosse desfeito: Fernando Reges colocou a bola na área e Youssef En-Nesyri rematou de primeira para o fundo das redes. Rui Silva, surpreendido, nada pôde fazer para evitar o 1-0 final.
Faltou criatividade aos verdiblancos, que se apoiaram na qualidade de William Carvalho. Nem Isco Alarcón, Rodri Sánchez ou Marc Roca (para além, claro, de Sergio Canales e Nabil Fekir) estiveram envolvidos. Estas ausências importantes fizeram-se notar e o jogo do Betis, menos fluido do que o habitual, ressentiu-se. O público teria gostado mais de um deles.