Endrick, que irá juntar-se ao Real Madrid, oriundo do Palmeiras, quando completar 18 anos em julho, tornou-se o jogador masculino mais jovem a marcar no icónico estádio, dando a Dorival Júnior uma vitória na sua primeira partida no comando dos pentacampeões mundiais.
"Endrick vai dar muitas alegrias aos adeptos do Real Madrid, não tenho dúvidas disso. Ele tem um futuro brilhante pela frente e está a amadurecer muito bem", disse Dorival Júnior em conferência de imprensa, antes do jogo do Brasil contra a Espanha, na terça-feira.
"Ele tem uma capacidade especial de finalizar na frente, de buscar jogadas que poucos tentariam. Ele é agressivo, aguerrido, ataca os espaços como ninguém e tem uma habilidade única na frente da baliza", acrescentou o treinador.
Apesar de pedir cautela em relação a Endrick, e revelar que o jovem não será titular esta terça-feira, no estádio Santiago Bernabéu, Dorival Júnior disse que os adeptos terão a possibilidade de vê-lo em campo contra a Espanha.
"Temos que ter muito cuidado, passo a passo, para que ele evolua naturalmente, sem colocar muita expetativa em alguém que está apenas a começar a carreira", disse Dorival.
"Ele precisa de ter equilíbrio e esse é o ponto chave e principal para a sequência maravilhosa que vai acontecer, desde que ele não perca o timing inicial e complete o processo fundamental de treino a partir de agora. Que o próximo passo seja extremamente importante e que se tenha cuidado com um jogador tão especial como ele. Ele tem um futuro brilhante pela frente", completou o selecionador do Brasil.
Dorival também falou sobre os abusos racistas que o seu craque, Vinicius Júnior, sofreu em Espanha nas últimas duas temporadas, dizendo que as suas lutas tiveram um grande impacto no balneário do Brasil.
O jogador do Real Madrid foi às lágrimas esta segunda-feira, em conferência de imprensa, quando disse que estava a lutar para se manter motivado e gostar de jogar futebol devido aos abusos racistas recorrentes a que é submetido.
"É uma cobardia o que está a acontecer", afirmou Dorival.
"É um facto que acontece todos os dias no nosso país também, e precisamos de um esforço coletivo de todos. Precisamos que o Ministério Público atue mais diretamente para coibir essas agressões. O ser humano precisa de respeitar o outro e situações desse tipo em campos de futebol são inaceitáveis", acrescentou o selecionador do Brasil.