O jogo em East Hartford, Connecticut, contra os tetracampeões mundiais, será uma espécie de teste decisivo para os EUA e Berhalter está a garantir que os seus jogadores não se intimidam.
"Sempre que tivermos a oportunidade de jogar contra equipas como esta, queremos fazê-lo", disse Berhalter aos jornalistas esta sexta-feira.
"Não se trata de ter medo do resultado, de ter medo de competir, trata-se de abraçar esses momentos. E daqui até ao Campeonato do Mundo de 2026, se pudéssemos jogar cinco vezes contra a Alemanha, Itália, Brasil, Argentina, fá-lo-íamos. Porque é isso que vai realmente fortalecer este grupo", defendeu.
Os Estados Unidos, juntamente com o Canadá e o México, são os anfitriões da fase final do Mundial-2026 e esperam ter um melhor desempenho em casa do que no ano passado, no Catar, onde perderam para os Países Baixos nos oitavos de final.
Berhalter estava ao leme dessa equipa, mas a US Soccer permitiu que o seu contrato expirasse em dezembro passado, em parte devido a problemas com um dos seus principais jogadores jovens, Gio Reyna.
No Catar, Berhalter criticou a atitude e o empenho de Reyna e limitou o seu tempo de jogo, o que se transformou numa amarga discussão pública. Os pais de Reyna então contaram à US Soccer sobre um incidente de violência doméstica ocorrido há décadas, envolvendo Berhalter.
Em janeiro, Berhalter admitiu ter dado um pontapé nas pernas da sua atual mulher, após uma discussão no início da relação, mas as acusações quase lhe custaram o emprego, uma vez que a US Soccer lançou uma investigação.
A investigação realizada por um escritório de advocacia independente determinou que Berhalter não havia feito nenhum esforço para esconder o incidente da US Soccer e ele foi recontratado em junho, como técnico principal.
Berhalter, que teve o que descreveu no início deste mês como uma conversa positiva com Reyna, incluiu o médio entre os jogadores convocados para os particulares contra a Alemanha e Gana, na terça-feira, em Nashville.
Quando questionado esta sexta-feira sobre a sua relação com o médio de 20 anos, Berhalter disse que estavam "a avançar".
"Não quero falar muito sobre o passado. O que importa é falar sobre o futuro, e Gio fez um ótimo trabalho esta semana nos treinos", acrescentou o técnico.
"Ele parece muito afiado, muito forte", elogiou.