Pablo Sarabia é uma das grandes novidades da convocatória, que chega a apenas três meses do Europeu. O seu último jogo com a camisola da Espanha foi a 6 de dezembro de 2022, quando a equipa então treinada por Luis Enrique se despediu do Mundial nos oitavos de final. De facto, a sua participação no torneio resumiu-se a apenas três minutos (teve tempo para perder uma oportunidade clara que teria levado a Espanha aos quartos de final e falhou o seu pénalti na decisão por grandes penalidades).
"Nunca perdemos a esperança e trabalhamos para melhorar todos os dias e tentar contribuir. Soube por um companheiro de equipa e, para ser sincero, fiquei muito feliz. Já passei por muitos momentos difíceis na minha carreira e isto é sempre uma alegria e um prémio. É impossível não estar a sorrir", disse o antigo jogador do Sporting, em conferência de imprensa.
Na mesma conferência, o tema do racismo, que tem sido habitual em Espanha e tem dado que falar nos últimos dias em Itália, também foi abordado.
"É um assunto muito delicado. Estão a ser tomadas medidas e penso que são as mais corretas. Não pode ser permitido, nem na vida em geral. Se pudermos ajudar através do futebol, é isso que faremos. Temos de o enfrentar desde o primeiro minuto".
Voltando ao tema futebol, Sarabia abordou as hipóteses de a seleção espanhola conquistar o Europeu.
"Não gosto de falar disso. Todos os jogos são diferentes. Temos uma equipa muito boa e temos de nos concentrar em nós próprios. Se andarmos por aí com esse rótulo, a única coisa que pode acontecer é enfraquecermo-nos".
"Não me sinto velho"
Sarabia, que passou uma época em Portugal por empréstimo do Paris SG, abordou o seu atual momento no Wolverhampton e as diferenças entre as ligas pelas quais passou.
"Cheguei com Lopetegui e houve mudanças a nível pessoal na minha vida. Tivemos de nos adaptar em termos de dieta, descanso, ritmo... Estou a fazer um trabalho diferente do que estava a fazer antes. Estamos numa dinâmica muito positiva. Estou muito orgulhoso", contou.
"É um futebol diferente. Em Inglaterra há mais ritmo e menos controlo, mas a LaLiga também tem coisas muito boas que a Premier League não tem", acrescentou.
Neste regresso à seleção, mais de um ano depois, Sarabia chega numa fase diferente em que encontra várias caras novas, entre elas os jovens Cubarsi e Yamal, do Barcelona.
"Foi um longo período em que houve muitas mudanças na minha vida. Desde o primeiro momento que senti o apoio da RFEF. Passámos por muitas coisas juntos, e isso faz a diferença", disse.
"Estou muito contente com isso. Significa que estão a trabalhar bem nas camadas jovens. Não me sinto velho porque tenho 31 anos e estou numa fase muito boa, talvez no melhor momento da minha carreira. É verdade que há uma grande diferença de idades. O facto de haver experiência e juventude é muito bom".