A seleção pentacampeã, que já está há mais de duas décadas sem conquistar o Mundial, será novamente comandada por Ramon Menezes, técnico da seleção sub-20 que esteve à frente dos dois jogos dos sul-americanos após o fracasso no Qatar, em que caiu nos quartos de final perante a Croácia.
Sem substituto para Tite, embora a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) conte com a contratação do italiano Carlo Ancelotti, Menezes supervisionou a derrota com Marrocos, em Tânger, em março, e a vitória sobre a Guiné, em Barcelona, no sábado.
Sob o seu comando, a Seleção sofreu dos mesmos males que a assolaram durante os seis anos de mandato de Tite (2016-22): pouca magia e brilho, mas contra os guineenses tiveram força ofensiva.
"Vamos entrar muito fortes contra o Senegal, sem dúvida", avisou Menezes sobre o confronto no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

O tempo passa para Ancelotti
As negociações para a contratação de Ancelotti "estão bem encaminhadas" e "as perspectivas são muito positivas", disse à AFP uma fonte a par das negociações no Brasil. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pretende dar um parecer público no final do mês sobre a possível chegada do italiano, o "plano A" para substituir Tite, acrescentou a fonte.
A imprensa brasileira afirma que, se for nomeado treinador, o técnico do Real Madrid assumiria o cargo em janeiro ou junho de 2024, quando termina seu contrato com os espanhóis. Se isso acontecer, a Canarinha ficará sem técnico principal nos seis primeiros jogos das eliminatórias sul-americanas para o Mundial-2026.
O Brasil estreia-se contra Bolívia e Peru em setembro, e depois terá datas duplas em outubro (Venezuela e Uruguai) e novembro (Colômbia e Argentina). Em 2024, os primeiros jogos serão em setembro.
"Para mim, ajudar a seleção brasileira é um prazer e um privilégio. O nosso foco agora é o Senegal", disse Menezes, que pode ficar como técnico interino enquanto não chega um treinador definitivo.
Foco no Senegal
Com foco no Senegal, eliminado pela Inglaterra nos oitavos de final do Mundial-2022, Menezes espera trazer de volta os jogadores que atuaram mais minutos na vitória sobre a Guiné, onde houve atos anti-racistas após as repetidas agressões a Vinícius na Espanha.
A Seleção deve manter a equipa que venceu os guineenses, com Ederson na baliza, Marquinhos na defesa, Casemiro no meio e um ataque com Vini e Richarlison.
Rodrygo, que foi titular no jogo de sábado, não treinou na segunda-feira e será substituído por Malcom em caso de lesão, de acordo com o que foi observado no último treino. O guarda-redes Alisson está novamente de fora com uma pancada na mão esquerda.
Os Leões de Aliou Cissé, campeões de África em 2021, são provavelmente um desafio maior do que a Guiné (79.º no ranking da FIFA).
Embora tenham empatado 1-1 com o Benim no sábado, numa partida de qualificação para o Campeonato Africano das Nações, onde a sua presença já está assegurada, os senegaleses têm um onze mais forte, liderado por Mané, Kalidou Koulibaly e Nico Jackson.
Este jogo ficou marcado pela morte de dois adeptos após uma avalanche no estádio de Cotonou, onde se disputou a partida.