Entrevista Flashscore a Zé Roberto: "O Brasil precisa de um selecionador estrangeiro"

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entrevista Flashscore a Zé Roberto: "O Brasil precisa de um selecionador estrangeiro"
Zé Roberto à conversa com o Flashscore em São Paulo
Zé Roberto à conversa com o Flashscore em São Paulo
Flashscore
Passou pelo Real Madrid, tornou-se uma lenda no Bayern Munique e, em 2017, terminou a carreira no Palmeiras, agora de Abel Ferreira. Zé Roberto, antigo internacional brasileiro, agora com 48 anos, é agora embaixador da Bundesliga e, em entrevista exclusiva ao Flashscore, falou da reta final de época na Alemanha e, claro, do futuro selecionador brasileiro.

Titular do Brasil no Mundial de 2006, Zé Roberto somou 84 internacionalizações pela canarinha. O antigo jogador defende que o futebol brasileiro ganharia com um selecionador estrangeiro e pensa que a mudança contribuiria para a seleção brasileira retomar o protagonismo.

"Quando se fala de inovação, renovação, o futebol brasileiro voltar a ter protagonismo, eu acho que é de se pensar num selecionador estrangeiro. Nós temos muitos técnicos estrangeiros bons e que aceitariam o comando da seleção brasileira. Vejo isso com bons olhos porque o nosso futebol ficou um pouco para trás em vários aspectos", afirma Zé Roberto, em declarações exclusivas ao Flashscore.

Zé Roberto durante a Copa do Mundo de 2006
Profimedia

Apesar de torcer por um selecionador estrangeiro no comando da pentacampeã mundial, Zé Roberto abre uma exceção: Fernando Diniz. O treinador do Fluminense é o único brasileiro que o antigo jogador do Bayern Munique vê à altura do cargo, neste momento.

"Também pela oferta de treinadores no Brasil, antigamente havia um leque mais amplo. Hoje não temos muitas opções. Se tiver que ser um brasileiro, o melhor hoje é o Fernando Diniz", apontou o antigo central.

Temporada histórica da Bundesliga

Ao lado de Cacau, ex-avançado do Estugarda e da seleção da Alemanha, Zé Roberto participou em ações de promoção da Bundesliga no Sports Summit, em São Paulo, onde o Flashscore foi parceiro do evento. Com passagens por Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo, o antigo internacional brasileiro passou 12 dos seus 23 anos de carreira na Alemanha.

O volante durante sua segunda passagem pelo Bayern de Munique
Profimedia

Perante a sua experiência, Zé Roberto acredita que a temporada 2022/23 da Bundesliga é um regresso aos bons velhos tempos do futebol alemão.

"Esta edição é a mais prazerosa dos últimos anos. Durante uma década o Bayern Munique dominou, e nesta temporada está a ser diferente. Eles encontraram uma equipa que está a bater-se de frente (Borussia Dortmund). É muito bom porque a Bundesliga, na época em que joguei, era uma liga que eu consideravae equilibrada. Falava sempre que tinha três ou quatro clubes fortes na disputa do título", lembra.

O Borussia Dortmund de encerrar a hegemonia do Bayern de Munique na Bundesliga
AFP

Organização alemã

A futura liga brasileira de clubes foi o grande tema do Sports Summit em 2023 e suscitou muitos debates acerca do modelo a ser adotado nos próximos anos. Para Zé Roberto, a Bundesliga deixa claro que a organização é a base de um campeonato forte.

"Para formares uma nova liga, o ponto principal é a organização. Sem ela não consegues formar nada. Então este é um ponto chave para a formação da liga. Mas acredito que a mentalidade no Brasil ainda está atrasada", aponta o ex-atleta.

Zé Roberto e Cacau no stand da Bundesliga no Sports Summit 2023
Flashscore