Depois de assegurada a manutenção da equipa, Gerardo Seoane virou as atenções para o futuro. "Espero que possamos mostrar mais liderança e personalidade com a experiência que adquirimos nesta temporada", disse o técnico do Borussia Mönchengladbach.
Seoane também sabe que ainda tem muito trabalho pela frente no pentacampeão alemão, depois de um "ano com muita experiência".
Isso também ficou evidente no empate contra o Eintracht Frankfurt. Na tabela da segunda metade da época, apenas o despromovido Darmstadt 98 está atrás do Borussia. Pelo menos o pior cenário foi evitado. "Estamos felizes por termos ultrapassado a linha de chegada com o resultado de hoje", disse Seoane.
Os Potros acabaram por festejar graças aos golos do rival Colónia contra o Union Berlin, e não pelo que fizeram em campo no duelo desta jornada.
O desempenho contra o Frankfurt teve muitos sobressaltos. Demasiado frágil e desatento na defesa, como quando Junior Dina Ebimbe empatou ao recuperar uma bola que já tinha sido afastada com demasiada dificuldade, O Gladbach foi demasiado inofensivo no ataque, o que tem sido mascarado pela grande eficácia ao longo da época.
Embora 56 golos seja um número razoável, muitas vezes foi pobre em termos de produção."O nosso jogo ofensivo pode e deve continuar a melhorar", disse Seoane: "Precisamos de criar mais oportunidades claras de golo".
Mas também há um grande problema na defesa: apenas Darmstadt, Bochum e Hoffenheim sofreram mais golos do que o Borussia. Mais liderança e personalidade podem ser a chave para a tão sonhada estabilidade.
Despedida de dois ícones
Duas grandes personalidades e jogadores de destaque não estarão mais a bordo. Os ícones do clube Patrick Herrmann e Tony Jantschke vão deixar o clube no verão, depois de 15 e 16 anos como profissionais, respetivamente. A despedida emocionada dos dois veteranos após o apito final fez com que a sobrevivência do clube no campeonato se tornasse uma questão marginal.
Aos cânticos tímidos ("Acabou-se a 2ª divisão") seguiram-se aplausos frenéticos quando os dois veteranos se puseram à frente da curva e festejaram uma última vez. Seoane estava "feliz com o final bem sucedido". Eram "dois jogadores com carreiras exemplares e com muito amor e lealdade ao clube".
Muito provavelmente, o treinador também permanecerá fiel ao clube. Depois de Adi Hütter e Daniel Farke, seria a primeira vez em três anos que um treinador poderia experimentar uma segunda temporada no clube. O técnico de 45 anos provavelmente também mereceu isso graças ao seu estilo de jogo orientado para os resultados, que "acabou por levar o clube a um porto seguro".
Na nova temporada, no entanto, o capitão Seoane e sua tripulação enfrentarão novamente mares agitados.