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A melhoria prometida não se concretizou: Catar continua a violar os direitos humanos

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, fez muita publicidade ao Mundial do Catar
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, fez muita publicidade ao Mundial do CatarProfimedia
De acordo com a Amnistia Internacional (AI), a situação dos trabalhadores migrantes no Catar praticamente não melhorou, um ano após o início do Mundial de futebol naquele país. De acordo com a Amnistia, as indemnizações exigidas por muitas partes, para os trabalhadores que sofreram violações dos direitos humanos, no âmbito do torneio, ainda não se concretizaram.

"O Catar não está a conseguir fazer avançar ou mesmo aplicar devidamente as reformas laborais que introduziu antes do Campeonato do Mundo. Este não é o legado positivo que o governo do Catar prometeu aos trabalhadores migrantes com o Campeonato do Mundo", afirmou Katja Müller-Fahlbusch, especialista no Médio Oriente.

"Instamos o governo a melhorar a proteção dos direitos dos trabalhadores - especialmente no que diz respeito a taxas de recrutamento ilegais, roubo de salários e mudanças de emprego", acrescentou.

No que diz respeito às indemnizações, a Amnistia considera que a FIFA também tem um dever.

"A FIFA e o Catar devem finalmente chegar a acordo sobre calendários concretos para uma indemnização adequada a todos os afectados por violações da lei", disse Müller-Fahlbusch: "A indemnização não deve continuar a ser negada ou adiada."

A Amnistia não quer aceitar o facto de o Campeonato do Mundo de 2034 ter sido quase certamente atribuído à Arábia Saudita. "A FIFA tem de aprender com os seus erros e levar a sério a sua responsabilidade pelos direitos humanos", afirmou Müller-Fahlbusch.

"Isto inclui colocar os direitos humanos no centro do processo de decisão aquando da atribuição de futuros torneios", defendeu.