Recorde as principais incidências da partida
Cinco dias depois do seu primeiro jogo desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, um emocionante empate sem golos com o Líbano em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, a equipa palestiniana "recebeu" a Austrália em casa, embora a mais de 1.200 quilómetros do conflito na Faixa de Gaza.
E no grande recinto habitualmente utilizado para receber os jogos da seleção do Kuwait, milhares de espetadores, vestidos com kufiyas pretas e brancas e agitando bandeiras vermelhas, pretas, verdes e brancas, acorreram para apoiar os futebolistas palestinianos.
Havia também faixas com o slogan "Libertem Gaza" e fotografias de chaves, simbolizando as casas perdidas pelos palestinianos durante a criação do Estado de Israel em 1948.
"A Palestina está nos nossos corações. Viemos ao estádio, jovens e velhos, para mostrar o nosso apoio", disse à AFP Anfal Al-Azmi, uma mulher kuwaitiana de 45 anos.
"O resultado do jogo pouco nos importa. Viemos para transmitir uma mensagem", disse Wael Youssef Labbad, 40 anos, um palestiniano de Ascalon.
Nem todos os adeptos eram de origem palestiniana, muitos provinham de outras comunidades do Estado do Golfo, rico em petróleo.
"O Kuwait e a Palestina são um só. Hoje, somos os convidados da Palestina na sua terra", disse Ahmed Al-Anezi, um kuwaitiano de 36 anos.
O jogo era para ser disputado em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, mas a guerra, que começou há seis semanas, alterou o curso dos acontecimentos para a equipa.
No que toca ao jogo dentro das quatro linhas, um golo solitário de Harry Souttar, aos 18 minutos, foi suficiente para os australianos confirmarem a vitória.