O salto para o desconhecido de Marcelo Gallardo em busca da glória mundial

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O salto para o desconhecido de Marcelo Gallardo em busca da glória mundial

Marcelo Gallardo, treinador do Al-Ittihad
Marcelo Gallardo, treinador do Al-IttihadAFP
Um dos grandes nomes do Campeonato do Mundo de Clubes de 2023 (12 a 22 de dezembro) é o do técnico argentino Marcelo Gallardo, do Al-Ittihad, que poucas semanas após a inesperada transferência para o futebol da Arábia Saudita enfrenta o Auckland City, da Nova Zelândia, na fase preliminar, esta terça-feira (18:00).

Desde que anunciou o fim da longa e bem-sucedida passagem pelo River Plate, em outubro de 2022, o nome de Marcelo Gallardo surgiu repetidamente como possível candidato a clubes estabelecidos na nobreza do futebol europeu.

É por isso que a sua nomeação, em 18 de novembro de 2023, como sucessor de Nuno Espírito Santo no campeão saudita foi uma surpresa para todos, deixando uma ponta de incerteza quanto à sua adaptação e capacidade de transferir os êxitos na América do Sul - sobretudo ao leme do River, com o qual venceu duas vezes a Taça Libertadores - para um futebol que prospera financeiramente, mas cujas possibilidades ao mais alto nível estão ainda por esclarecer.

Início animador

"É uma decisão que tomei por questões pessoais. Foi um sentimento. Há muito para desenvolver, mas também fui encorajado por um grande projeto num local onde ainda há uma certa virgindade. Um mercado que me abre um pouco a cabeça, algo diferente", explicou Gallardo há algumas semanas.

O primeiro grande teste para Gallardo, de 47 anos, provar a sua força como treinador fora do futebol sul-americano, onde passou toda a sua carreira de treinador, acontece a menos de um mês após a chegada ao clube de Jeddah.

Com cinco jogos disputados até agora ao comando do Al-Ittihad, Gallardo pode ser coroado campeão mundial ao nono jogo à frente dos tigres da Arábia Saudita.

Muñeco começou a sua aventura com um empate no campeonato local contra o Al-Ettifaq, e logo se impôs com vitórias na Liga dos Campeões da Ásia contra o AGMK, do Uzbequistão, e o Sepahan do Irão, de José Morais, além de mais três pontos no campeonato contra o Al-Khaleej, de Pedro Emanuel.

Só a recente derrota por 3-1 com o Damac no campeonato nacional, onde ocupa o quinto lugar, diminuiu o otimismo da equipa antes de um torneio que será disputado em casa e perante os seus adeptos, no Estádio King Abdullah Sports City.

Gallardo e a constelação de estrelas que dirige enfrentarão o campeão africano Al-Ahly, caso superem o obstáculo neozelandês do Auckland City na fase preliminar do Mundial de Clubes.

Se os egípcios forem eliminados, Gallardo fará uma viagem ao passado mais recente para enfrentar o Fluminense. O Manchester City de Pep Guardiola e Julian Alvarez - que Gallardo orientou no River - e o Club Leon, do México, vão tentar chegar à final do outro lado do sorteio.

Sem Luiz Felipe, mas com Benzema

Gallardo não poderá contar com o defesa italiano Luiz Felipe, que se lesionou contra o Damac, mas o astro Karim Benzema, que não participou nos últimos jogos do Al-Ittihad devido a problemas físicos, parece ter recuperado e deve estar disponível para o primeiro jogo, visto que treinou normalmente na sessão de segunda-feira.

Poucos contestam o facto de o clube saudita ser favorito contra o modesto Auckland City. Outros chegam mesmo a considerá-lo um potencial finalista, dado o estatuto de equipa da casa e a qualidade do plantel. Para além do avançado francês, ex-Real Madrid e vencedor da Bola de Ouro há pouco mais de um ano, o brasileiro Fabinho (ex-Liverpool), o francês N'Golo Kanté (ex-Chelsea) e o português Jota são alguns dos exemplos da aposta do futebol saudita na aquisição de jogadores com forte reputação no futebol europeu.

O técnico nascido em Buenos Aires parte para a sua terceira experiência no Mundial de Clubes, depois de um terceiro lugar (2018) e um vice-campeonato (2015), ambos com o River.

Só em termos de experiência é que o Auckland parece superior: se para o Al-Ittihad será a sua segunda participação - a anterior remonta a 2005 -, os neozelandeses participam pela 11.ª vez no torneio em que o seu melhor resultado foi o terceiro lugar em 2014.