A França não tem alternativa. Uma vitória sobre o Brasil no sábado é essencial para garantir a passagem aos oitavos de final. Não será, porém, tarefa fácil. As canarinhas não vão deixar passar nada e, com uma série de lesões, as Bleues precisam de se adaptar para dar tudo de si. É preciso reagir em todos os aspetos do jogo.
Redescobrir a precisão e a solidez
A França começou com um 0-0 contra a Jamaica. Lentas, sem impacto, desorganizadas na defesa, as Bleues tiveram dificuldades em manter a baliza a zeros.
Tudo tem de recomeçar este sábado contra o Brasil. E o mínimo que se pode dizer é que não será uma tarefa fácil. Com a incerteza de Wendie Renard e a ausência de Naomie Feller, a França terá de lidar com a falta de vários elementos defensivos e ofensivos.
A ausência de Wendie Renard e de Naomie Feller pode ser um obstáculo importante para a França, uma vez que a defesa central foi uma das únicas jogadoras em forma no último jogo. Mas Hervé Renard não quis deixar de tranquilizar as jogadoras nos últimos dias.
"Esperamos que tudo corra bem amanhã, porque precisamos dela. Não estamos 100% seguros esta noite", assumiu o selecionador.
Elisa De Almeida e Selma Bacha, por outro lado, podem estar de volta aos relvados. Isso seria uma dádiva para a seleção francesa, permitindo que se tranquilizem e sigam em frente com mais confiança. Kadidiatou Diani e Eugénie Le Sommer também terão de ser mais competentes na frente da baliza.
Contra o furacão brasileiro
Como era de esperar, as brasileiras deram espetáculo contra o Panamá na sua estreia no Campeonato do Mundo. Com o seu jogo ofensivo, facilidade técnica e Ary Borges a brilhar (3 golos em 4), as brasileiras enviaram uma mensagem à França: isto vai ser difícil.
O Brasil conta com jogadoras como Luana Bertolucci (ex-PSG, Corinthians) e Bia Zaneratto (Palmeiras). A lendária Marta também está presente na Austrália e na Nova Zelândia. Todo esse talento está determinado a perturbar as linhas francesas.
"É uma equipa que está a progredir muito e a conseguir resultados muito bons, com uma treinadora que tem muita experiência e sabe como fazer as suas equipas ganharem", admitiu Hervé Renard em conferência de imprensa.
Depois deste confronto, a França enfrenta o Panamá no dia 2 de agosto. O Brasil, por sua vez, enfrenta a Jamaica no mesmo dia.