Fernando Santos recorda relação com Ronaldo: "Não falamos desde que voltei do Catar..."

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Fernando Santos recorda relação com Ronaldo: "Não falamos desde que voltei do Catar..."

Fernando Santos deixou o cargo após a eliminação no Mundial 2022
Fernando Santos deixou o cargo após a eliminação no Mundial 2022FPF
Fernando Santos foi selecionador nacional entre 2014 e 2022, tendo abandonado o cargo depois da eliminação diante de Marrocos no Campeonato do Mundo do Catar. Desde então, muito mudou na vida do treinador, nomeadamente a relação que sempre teve com Cristiano Ronaldo.

Em entrevista ao jornal A Bola, o antigo selecionador português começou por dizer que não manteve o contacto com Cristiano Ronaldo, com quem já não fala "desde que eu vim do Catar", e "tinha uma relação fortíssima, para além da relação profissional".

Fernando Santos acabou por recuar no tempo e recordou a partida frente à Suíça, a qual remeteu o capitão para o banco de suplentes: "Eu tomei uma decisão que foi estratégica no Catar. É preciso compreender um pouco. Eu acabei de dizer que ele é o melhor do Mundo. E é. Mas teve um momento da carreira que foi muito difícil. No segundo semestre de 2022 ele tem seis meses que são terríveis. Mesmo no aspeto anímico".

"Se me perguntar se o Cristiano física, e individualmente, estava no top, digo-lhe que estava. Estava porque ele vai estar sempre. Ninguém cuida melhor do corpo, e da sua performance, como ele... Havia muita gente que achava que ele não devia jogar e que me criticava por isso, mas eu conheço-o melhor que ninguém. De qualquer forma, em termos de ritmo do jogo foi o pior momento dele. O pensamento era assim: ‘Eu quero mudar um pouco isto, preciso de alguém com mais este tipo de características’. Mas ele continuava a ser muito importante", acrescentou o treinador.

Questionado sobre o que faria se tivesse que tomar a mesma decisão nos dias de hoje, Fernando Santos respondeu: "Tomava a mesma decisão! Foi uma decisão estratégica. Em primeiro lugar tenho de pensar na equipa. Eu achei que estrategicamente era a melhor decisão. Não quer dizer que o Cristiano não fosse entrar, até porque ele iria entrar, e poderia jogar de início no jogo a seguir. Mas o jogo correu tão bem, tão bem com a Suíça que no jogo a seguir não fazia nenhum sentido mudar. Só troquei uma peça, o William pelo Ruben Neves. Mas sempre convencido de que, a qualquer momento, o Cristiano ia lá e se fosse preciso resolveria o jogo".

A finalizar, o antigo selecionador nacional disse que mantém a mesma postura na relação com Cristiano Ronaldo, "sem mágoa", e que "um dia vamos encontrar-nos, vamos olhar um para o outro e pensar: ‘Nós sempre tivemos esta relação’. Espero que um dia mude a situação atual. Se não acontecer, paciência. Fico triste, mas pronto…".