Devido ao conflito, o jogo será disputado em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, um local neutro. Inicialmente, o jogo estava agendado para Beirute, com os palestinianos a receberem a Austrália na semana seguinte, mas a resposta de Israel ao ataque do Hamas, a 7 de outubro, obrigou as autoridades a encontrarem novos locais.
Os palestinianos costumam receber os jogos no Estádio Faisal Al-Husseini do Al-Ram, na Cisjordânia.
"Tudo mudou depois de 7 de outubro, com o início do conflito em Gaza", disse Ahmed Rajoub, diretor de comunicação da Associação Palestiniana de Futebol (PFA), ao meio de comunicação National: "Todas as actividades desportivas pararam completamente na Palestina e a equipa de futebol foi forçada a mudar-se para a Jordânia. O primeiro treino real da equipa nacional (...) aconteceu na segunda-feira, em Sharjah, há quatro dias. Tivemos algumas sessões de treino na Jordânia e, na ausência de jogadores de Gaza, não foi suficiente para preparar um jogo ideal nas eliminatórias".
Libaneses e os palestinianos defrontam-se no Estádio Khalid bin Mohammed, nos Emirados Árabes Unidos, antes de enfrentarem a Austrália no Kuwait, a 21 de novembro.
Rajoub disse que a situação em Gaza estava a pesar muito sobre os jogadores.
"Não conseguimos fazer com que os jogadores se concentrem no jogo quando pessoas são mortas e feridas todos os dias desde o início do conflito", disse: "Os jogadores não falam de futebol, mas sim da guerra e, quando estão no quarto ou no autocarro, apressam-se a seguir a atualidade através dos seus telemóveis para ver como estão as suas famílias, parentes e amigos. Mas queremos dizer que, apesar de todos estes problemas e deste período difícil, os jogadores querem mesmo ganhar, por muito difícil que seja."
O médio palestiniano Mohammed Rashid disse que a equipa iria dar o seu melhor.
"É muito difícil manter a concentração", explicou Rashid: " Acho que não há escolha para nós, por exemplo, adiar o jogo; temos que jogar, então é exatamente por isso que estamos aqui agora. Queremos mostrar o nosso melhor e queremos mostrar ao mundo inteiro que somos pessoas, como qualquer outro país, que podemos exercer os nossos direitos de ser livres e jogar o belo jogo de futebol."