O "fator Bielsa" começa a dar cartas no Uruguai

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O "fator Bielsa" começa a dar cartas no Uruguai

De la Cruz, com o número 7, ouve atentamente Bielsa
De la Cruz, com o número 7, ouve atentamente BielsaAFP
A América do Sul está, mais uma vez, a estender o tapete vermelho a Marcelo Bielsa. O Uruguai é a sua nova casa e, no início da qualificação para o Mundial, a "celeste" mostrou que está à altura do ritmo acelerado que faz parte do ADN do treinador argentino.

O Chile, a equipa que entre 2007 e 2011 professou o bielsismo, foi a primeira vítima de um Uruguai renovado, que na sexta-feira assinou um 3-1 com golos vistosos apoiados no jogo coletivo. O loco mostrou-se satisfeito com o desempenho e disse: "O modelo de jogo é imposto pelos indivíduos, não pelo treinador".

Meio-campo de luxo

Bielsa elogiou "o estilo dos jogadores uruguaios", que responderam com facilidade às suas ideias táticas.

Os médios foram particularmente impressionantes, gerando chegadas em alta velocidade e finalizando as jogadas. Dois golos foram marcados por Nicolas de la Cruz, do River Plate, e outro por Federico Valverde, o médio do Real Madrid que é apontado como peça-chave do novo Uruguai.

"Foi muito importante começar a ganhar" nesta "nova era, nesta nova etapa", disse De la Cruz à AUFTV após a partida.

O médio do River, o melhor jogador da noite no estádio Centenário, em Montevidéu, destacou que o técnico pretende montar "uma equipa curta e intensa. Hoje, em alguns momentos, isso aconteceu e esperamos que, com o passar dos jogos e dos treinos, nos sintamos melhor".

Ovación, o suplemento desportivo do diário local El País, observou que a celeste "ganhou confortavelmente" e que, por vezes, o "selo Bielsa" dominou a partida.

Goleador

Na noite de sonho do Uruguai, faltou o golo de Darwin Núñez. O avançado do Liverpool esteve muito perto de marcar, mas falhou alguns remates e o guarda-redes chileno Brayan Cortés esteve atento para afastar o perigo das suas redes.

"Tive várias oportunidades para marcar golos, mas a baliza não abriu", disse o avançado, que é apontado como o herdeiro do melhor marcador de sempre do Uruguai, Luis Suárez.

O percurso pré-Campeonato do Mundo da equipa charrúa foi marcado pela decisão de Bielsa de excluir da convocatória os dois goleadores históricos da seleção, Suárez e Edinson Cavani.

Os meios de comunicação social locais e os adeptos debateram longamente se era boa ideia deixar de fora os dois jogadores-chave na preparação para o Campeonato do Mundo de 2026, no Canadá, Estados Unidos e México.

Bielsa tentou resolver a polémica afirmando que optou por não os contactar, mas que tanto Suárez, que joga no Grémio, como Cavani, recém-chegado ao Boca Juniors, são "elegíveis", embora tenha optado por deixá-los de fora... pelo menos no início da sua passagem pelo Uruguai.

Para já, a vitória atenuou a polémica e, após o jogo, a alegria dos jogadores em campo contagiou um público que sofreu uma dura eliminação na fase de grupos do Catar 2022.

"Estamos todos felizes. É uma equipa com muitos jogadores jovens e hoje mostrou que temos muito para dar", concluiu Darwin Núñez, que espera finalmente marcar um golo contra o Equador, na terça-feira, e ajudar a consolidar o "fator Bielsa".