Os jogos entre Brasil e Bolívia, em Belém, e Uruguai contra o Chile, no Centenário de Montevidéu, completam a primeira jornada da qualificação sul-americana para o Campeonato do Mundo de 2026, que começaram na quinta-feira com as vitórias da Argentina sobre o Equador e da Colômbia sobre a Venezuela, ambas por 1-0, e o empate sem golos entre Paraguai e Peru.
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Bielsa sob escrutínio
Com o seu estilo pessoal, apostou forte na renovação do plantel da celeste: dispensou duas grandes figuras históricas como Suárez e Cavani, sem ligar às fortes críticas da imprensa e dos adeptos.
"É claro que eles têm uma hierarquia que os diferencia. Se eu explicasse as razões pelas quais convoco ou não, ficaria em dúvida para explicar as minhas decisões", disse o treinador numa conferência de imprensa há alguns dias.
A principal responsabilidade recai agora sobre estrelas com grande potencial, mas ainda em formação, como o médio Federico Valverde (Real Madrid) e o avançado Darwin Núñez (Liverpool).
A decisão impõe exigências muito maiores ao temperamental treinador argentino no início da qualificação. Além disso, os duelos entre Uruguai e Chile tornaram-se um clássico regional nos últimos anos, com disputas acirradas.
No banco de suplentes da roja estará o argentino Eduardo Berizzo, que está a ter dificuldades para implementar uma renovação da bem-sucedida "geração de ouro", iniciada por Bielsa, professor do atual técnico chileno. O treinador ainda não encontrou substitutos para jogadores-chave como Arturo Vidal e Alexis Sánchez (lesionado), os arquitetos dos títulos da Copa América de 2015 e 2016.
Poder limitado
Mesmo como interino na seleção brasileira e com poder limitado, Fernando Diniz quer começar a recuperar o tradicional "jogo bonito" dos pentacampeões mundiais, como também está a tentar fazer no Fluminense, equipa que chegou às meias-finais da Taça Libertadores.
"Vamos aproveitar as coisas que eles sabem fazer, que são boas, e aos poucos vamos adaptando algumas coisas ao novo estilo que estamos a trazer", disse Diniz em conferência de imprensa na quinta-feira.
Diniz ficará no banco de suplentes da equipa auriverde até o italiano Carlo Ancelotti terminar o contrato com o Real Madrid, em meados de 2024.
A estreia contra a Bolívia é uma boa oportunidade para começar com o pé direito e fazer com que a canarinha, que nunca teve dificuldades para se apurar para um Campeonato do Mundo, mas que está há cinco edições sem disputar uma final.
Em campo estará Neymar, um ídolo que ainda não despontou mundialmente, enquanto as estrelas emergentes Rodrygo e Vinicius estarão ausentes por lesão.
Por outro lado, a equipa do Altiplano não enfrenta o melhor cenário para começar, mas as qualificações sul-americanas são muito longas e a equipa verde tem uma oportunidade especial neste pré-Mundial, uma vez que a América do Sul terá seis bilhetes diretos para a competição norte-americana em 2026, mais dois do que em torneios anteriores.