Recorde as incidências da partida
Geórgia e Portugal deram o pontapé de saída em mais uma edição do Campeonato da Europa de sub-21, um dos poucos títulos que falta conquistar à equipa nacional. Frente à seleção da casa, Rui Jorge lançou de início João Neves, naquele que foi o seu primeiro jogo pela seleção sub-21, mantendo o clássico 4-4-2 losango. Estreia foi também a palavra de ordem para os georgianos, que nunca tinham estado num Europeu da categoria.
A surpresa
Como seria de esperar, a formação portuguesa controlou e assumiu as despesas do desafio desde o primeiro minuto, mas não conseguiu criar perigo junto da baliza da Geórgia. A superioridade era evidente - 74% de posse de bola a meio da segunda parte -, com o bloco baixo georgiano e o ritmo baixo de circulação da bola a dificultarem a tarefa portuguesa.
O primeiro lance de perigo partiu de um desequilíbrio de Pedro Neto no corredor direito, em velocidade, mas a bola acabou por sair pela linha final sem que chegasse a zonas de finalização. Na primeira ocasião do jogo... golo, da Geórgia: passe longo de Tsitaishvili para as costas da defesa portuguesa, Tomás Araújo abordou mal o lance e perdeu o duelo com Gio Gagua que, só com Celton Biai pela frente, atirou de pé esquerdo para o fundo das redes.
Portugal respondeu já nos últimos minutos do primeiro tempo, com Afonso Sousa a rematar de longe para defesa de Kutaladze. No entanto, já no tempo de compensação, Tsitaishvili cobrou um canto na direita para o interior da área, Saba Sazonov ganhou a Tomás Araújo e Vitinha e, sozinho, cabeceou para o 2-0. Apesar de ter dominado a primeira parte, Portugal regressou ao balneário em desvantagem e muito por culpa própria.
Corrida contra o tempo
Depois de ter sido surpreendido nos primeiros 45 minutos, Rui Jorge mudou a postura ao intervalo, lançando Francisco Conceição e Henrique Araújo para os lugares de Afonso Sousa e Vitinha. A resposta esteve perto de ser imediata, já que, a passe de Nuno Tavares, o madeirense cabeceou ligeiramente ao lado logo aos dois minutos.
Portugal reentrou com tudo na partida e, aos 53 minutos, Francisco Conceição esteve perto do golo em duas ocasiões. Primeiro, cruzou para a área, a bola desviou em Kalandadze e só parou na trave da baliza de Kutaladze que, segundos depois, parou com o peito um remate forte do jogador do Ajax. O minuto 62 trouxe trouxe nova oportunidade, com André Almeida a rematar rasteiro e de longe para as mãos de Kutaladze. O médio voltou a tentar sorte sete minutos depois, mas a bola saiu ligeiramente por cima.
Para os últimos 20 minutos, Rui Jorge apostou em Samuel Costa e Paulo Bernardo em detrimento de Zé Carlos e João Neves, balanceando ainda mais a equipa para o ataque. A reação voltou a surgir logo a seguir às mudanças, mas o desfecho foi o mesmo, já que o remate de Samu saiu ao lado.
Para esquecer...
A exibição portuguesa - e de Tomás Araújo - ficou ainda mais cinzenta aos 76 minutos, altura em que o defesa central do Benfica foi expulso depois de carregar Gocholeishvili em falta quando este seguia isolado para a baliza de Celton Biai. A tarefa estava ainda mais complicada e praticamente decidida, já que pouco ou nada mudou com a expulsão.
O resultado estava consumado e Portugal está agora praticamente obrigado a vencer a Bélgica e os Países Baixos, os outros dois conjuntos que compõem o Grupo A. A próxima partida está agendada para as 17:00 de sábado, diante dos neerlandeses.
Homem do jogo Flashscore: Georgi Tsitaishvili (Geórgia)