Inglaterra - Alemanha, 2-0

Para uma rivalidade internacional com tanta história, os primeiros cinco minutos deram a entender que o jogo não seria tão disputado como de costume. A Alemanha foi avisada logo no primeiro minuto da intenção de Cameron Archer, mas, enquanto Noah Atubolu afastava a ameaça inicial, o guarda-redes alemão foi impotente para impedir que o jogador do Aston Villa abrisse o marcador instantes depois, após aproveitar a bola cruzada por Jacob Ramsey.

A Inglaterra parecia ser apenas uma questão de tempo para dobrar a vantagem, e quando isso aconteceu, foi de uma forma muito bonita. Depois de uma rápida jogada do guarda-redes James Trafford, que deixou Harvey Elliott livre no círculo central, o jogador do Liverpool pegou a bola e correu 50 metros, deixando os defesas alemães para trás antes de rematarno canto inferior. A Alemanha ameaçou reduzir antes do intervalo, mas o chute desviado de Kevin Schade, que caiu perfeitamente nas mãos de Trafford, resumiu bem os 45 minutos iniciais.

Com a vaga nos quartos-de-final assegurada antes desta noite, o jogo era um teste essencial para a Inglaterra e, antes do confronto com Portugal, o técnico Lee Carsley aproveitou a oportunidade para retirar alguns dos seus principais jogadores por volta dos 30 minutos. Considerando que a Alemanha precisava de três golos para ter alguma esperança de avançar para a fase de mata-mata, a falta de intenção ofensiva era alarmante, e a Inglaterra ainda fazia todo o trabalho de perna no terço final.

Apenas um bloqueio de Luca Netz impediu Cole Palmer de colocar a cereja no topo do bolo para a Inglaterra, mas com o jogo já encerrado, não houve repercussão para o seu desperdício. Para a seleção de Carsley, que terminou o Grupo C com 100% de aproveitamento, a tarefa estava cumprida.

Israel - República Checa, 1-0

Depois de uma vitória impressionante sobre a Alemanha no segundo jogo da fase de grupos, os checos chegaram à terceira rodada sabendo que apenas um ponto garantiria a classificação para os quartos de final. Um confronto com Israel - sem vitórias nos últimos seis jogos (três empates e três derrotas) - parecia ser favorável para a República Checa, no entanto, foi a equipa de Luzon que começou com o pé direito, com Oscar Gloukh a ver um feroz remate inicial frustrado por Vítězslav Jaroš.

Determinada a melhorar depois de uma meia hora inicial sem brilho, a República Checa começou gradualmente a ver mais a bola à medida que o tempo avançava. Embora houvesse pequenos sinais de encorajamento para os vencedores de 2002, as oportunidades claras continuaram a ser escassas, com nenhuma das equipas a conseguir encontrar qualquer tipo de ritmo no terço final antes do intervalo.

Jan Suchopárek, claramente não impressionado com o desempenho da sua equipa na primeira parte, introduziu Pavel Šulc e Kryštof Daněk ao intervalo para dar ao conjunto alguma criatividade muito necessária no meio-campo. Apesar das alterações, foi Israel quem esteve mais perto de abrir o marcador no início da segunda parte, com Dor Turgeman a desperdiçar uma oportunidade de golo quando estava bem colocado na área.

A República Checa tentou recuperar a tranquilidade nos últimos 20 minutos, quando o jogo ainda estava muito equilibrado. A oito minutos do fim, Gandelman cabeceou para o fundo das redes após um lançamento de Gloukh, dando início a uma festa de comemoração e colocando o país pela primeira vez nas quartos de final.