14 de junho de 2016 será um dia que irá ficar para sempre na memória da Islândia. Grande em extensão (102 quilómetros quadrados) mas com uma pequena população (376.248 habitantes) este país insular estreou-se numa grande competição de seleções: o Campeonato da Europa de 2016.
O primeiro adversário? Portugal. E o empate a uma bola contra aquela que viria a ser a seleção vencedora do torneio foi o primeiro capítulo de um conto de fadas, ou melhor dizendo, um conto de vikings que encantaram França e que só caíram nos quartos de final, diante da anfitriã.
Sete anos volvidos, as duas seleções voltam a encontrar-se. Desta feita em Reiquiavique e no apuramento para o Euro-2024. E com um contexto amplamente diferente.
Longe de ser um habitué nos palcos internacionais, a Islândia já conseguiu também chegar a um Mundial, o de 2018, mas desde então tem falhado de forma consecutiva o apuramento para os torneios internacionais (Euro-2020 e Mundial-2022). E parece ir pelo mesmo caminho em 2024, com duas derrotas e uma vitória em três jornadas do Grupo J e o segundo lugar do grupo já a quatro pontos.
Olhando para a lista de convocados de Age Hareide, que substitui Arnar Vidarsson, que arrancou a qualificação, um sinal parece ser evidente: a Islândia está a passar por uma fase de regeneração e a lidar com as dificuldades naturais de um pais com pouco mais de 300 mil habitantes e um campeonato semi-profissional é o 48.º de um total de 55 que compõem o ranking da UEFA.
Se formos a ver os convocados por Lars Lagerback em 2016, apenas Aaron Gunnarson, Sverrir Ingason, Jon Gundmonsson, Alfred Finnbogason, Hordur Magnússon, Arnor Traustason e Birkir Bjarnason vão estar entre as opções para defrontar Portugal. A média de idades está nos 31 anos e com apenas quatro vitórias em jogos oficiais desde 2020 é caso para dizer que a idade está a começar a atrasar os vikings.
