Recorde as incidências da partida
Gareth Southgate (selecionador da Inglaterra):
“Todos os jogadores que entraram desempenharam um papel, seja a criar golos ou a impedi-los. Esse é o espírito que eles têm e foi isso que nos levou hoje (domingo) ao limite. Para uma equipe jovem, eles mostraram muita paciência, quando teria sido mais fácil movimentar a bola de forma mais rápida.
Jogar sob pressão no meio-campo (adversário) é um problema que temos há muito tempo. Hoje (domingo), levámos algum tempo para encontrar a forma de o fazer, mas insistimos e, no final, conseguimos criar aquela oportunidade. Queremos ser melhores, mas o espírito ajudou-nos a superar este jogo. Ainda seremos questionados (pelas exibições) e entendemos isso, mas temos algumas qualidades que nos mantiveram na competição. Estou muito orgulhoso do espírito e da liderança que os jogadores demonstraram.
Quando faltam 15 minutos para o fim, olhas fisicamente para Harry Kane e Jude Bellingham (autores dos golos da reviravolta) e pensas se podes refrescar essas posições, mas sabemos aquilo que eles criam estes momentos e, por isso, ficámos com eles e não fizemos mudanças. Tínhamos jogadores ofensivos suficientes em campo. O Jude tem 21 anos e está incrivelmente bem. Ele já teve um impacto incrível nos seus clubes e na seleção inglesa, mas ainda é jovem. O seu caráter e personalidade vão criar momentos que nos farão ganhar jogos e hoje (domingo) ele fez isso novamente por nós. É um ótimo rapaz e é bom trabalhar com ele.
Não ficámos nada surpreendidos (pela postura da Eslováquia). Eles têm uma boa equipa e são bem treinados. Não defendemos bem algumas bolas longas e tivemos dificuldade em ultrapassar a pressão alta. Tivemos de trabalhar de forma muito árdua, mas sabíamos que um golo mudaria tudo. Sei que parece ridículo, mas tive uma sensação engraçada de que o jogo não estava morto e sempre acreditei que conseguiríamos (vencer), talvez não tão tarde quanto aconteceu. Eu não estava pronto para voltar a casa e os jogadores sentiram o mesmo.
(Projeção do embate dos quartos de final com a Suíça) Sabemos que o nível do nosso jogo terá de ser mais elevado, mas há um espírito e uma união que estão a crescer e estamos a encontrar um caminho”.
Francesco Calzona (selecionador da Eslováquia):
“Estou muito orgulhoso da minha equipa, porque fizemos uma ótima exibição contra uma seleção de classe mundial e uma das favoritas a vencer o torneio. Fomos ótimos, permitimos muito pouco à Inglaterra e estivemos quase qualificados. Infelizmente, não conseguimos. No prolongamento, passámos longos períodos no meio-campo adversário.
Sofremos um golo a poucos segundos do fim (do tempo regulamentar) por parte de um jogador que joga no Real Madrid (Jude Bellingham). Foi uma questão de detalhes. Talvez pudéssemos ter defendido melhor, mas aconteceu. Não gostei nada da arbitragem, mas não foi por isso que perdemos.
É um orgulho treinar estes jogadores. Eles fizeram a diferença em campo e estou muito grato por tê-los comigo. Disse-lhes que fizeram um excelente trabalho e foram fantásticos. Estivemos ao nível de todos os nossos adversários, jogámos futebol ofensivo e tivemos oportunidades. Estou muito orgulhoso deles. É claro que todos estão muito dececionados, porque estivemos muito perto de passar, mas isto é futebol”.
Jude Bellingham (jogador da Inglaterra):
“Estávamos a 30 segundos de voltar para casa, tendo de ouvir todas as críticas e sentir que dececionámos uma nação inteira, mas tudo pode mudar com um remate. Olhem agora para o nosso estado de ânimo: há uma grande diferença. É um grande momento, mas o torneio é longo e veremos nas próximas duas semanas o que isto pode fazer pela equipa.
Tirando o golo deles, penso que estivemos muito bem. Tivemos muito controlo, encontrámos espaços e estávamos perigosos. Houve um ou dois momentos em que pensei que poderíamos ter sido mais cirúrgicos, mas, no geral, tivemos um bom desempenho e a principal coisa que mostrámos foi muito caráter. Esse é o espírito que temos na equipa e não existem momentos destes sem adversidade.
(O golo de bicicleta aos 90+5 minutos) Tem de estar lá em cima. Há alguns golos bonitos, que significam muito para mim a nível pessoal, mas este foi um dos momentos mais importantes da minha carreira, não só pelo (efeito no) resultado de hoje (domingo), como pela mudança de humor na equipa. Jogar pela Inglaterra é algo grandioso, mas também exige muita pressão. Estar em campo e marcar golos é uma libertação para mim. É um momento muito feliz”.
Milan Skriniar (jogador da Eslováquia):
“É difícil encontrar palavras, estamos todos muito tristes. Estávamos tão perto da próxima fase. Se continuarmos a representar a Eslováquia desta forma, provavelmente teremos mais momentos agradáveis pela frente. A Inglaterra tem qualidade, pressionou-nos e, de repente, veio o golo do Bellingham.
Dói muito termos sofrido um golo no último minuto. Estávamos talvez a 30 segundos da vitória, mas estou realmente orgulhoso de toda a equipa. Foi uma jornada incrível e também gostaria de agradecer aos adeptos. Estávamos prontos para reescrever a história da Eslováquia, mas, infelizmente, (a passagem aos quartos) foi para o outro lado. Espero que possamos voltar mais fortes”.