Recorde as incidências do encontro
Murat Yakin (selecionador da Suíça):
“Ganhámos, mas o importante foi a forma como jogámos. Dominámos todas os aspetos do jogo e marcámos os golos na hora certa. É importante aproveitar os resultados que estamos a alcançar. Espero que este não seja o fim do caminho para nós e que possamos continuar a fazer história.
Vimos as partidas recentes da Itália, que utilizou muitas formações diferentes e rodou bastante a equipa. Fizemos um bom trabalho em acertar os nossos mecanismos para definir o ritmo e tudo funcionou a nosso favor.
Temos o plano de jogo certo e demonstrámos que somos uma boa equipa, mas precisamos de manter os pés no chão e a humildade. Alcançámos algo importante, derrotámos com clareza um grande país e estamos orgulhosos, mas cada partida é decisiva e podem acontecer muitas coisas.
Só existem equipas boas no Europeu. Mostrámos que podemos enfrentar grandes equipas como a Alemanha e a Itália, mas estamos concentrados em nós próprios e não queremos ser distraídos pelos nossos potenciais adversários (9nglaterra ou Eslováquia nos quartos). Enviámos um sinal importante sobre como podemos jogar”.
Ruben Vargas (jogador da Suíça)
“Soube esta manhã que seria titular e fiquei muito feliz. Causámos problemas à Itália, porque fomos agressivos desde os primeiros segundos e não lhes demos espaço para respirar.
Um pouco antes de começar a segunda parte, o Granit Xhaka disse-me: 'Por favor, faz um golo'. Alguns segundos depois, recebi a bola nos meus pés, fiz o que Granit me disse e chutei.
Houve surpresas em grandes torneios no passado e sabemos que os jogos não serão fáceis. Mostrámos que podemos competir com as melhores seleções. Os elogios de fora não nos incomodam. Sabemos o quão bons somos e concentramo-nos em nós mesmos”.
Gianluigi Donnarumma (jogador da Itália):
Temos de fazer um mea culpa, assumir a responsabilidade e pedir desculpa. É uma grande desilusão. Nunca entrámos no jogo, deixámos a bola nas mãos deles e cometemos demasiados erros. Temos de aceitar isso com relutância e dar crédito à Suíça, que fez um grande jogo, mas nós tínhamos de fazer muito melhor.
A eliminação é merecida e a forma como saímos é muito difícil de digerir. A primeira parte foi péssima. Eles tiveram sempre a bola e não fomos agressivos. Tínhamos que reagir no segundo tempo, mas, em vez disso, sofremos imediatamente o segundo golo. Tentei agitar as coisas, mas faltou-nos vontade para reagir e ajudarmo-nos uns aos outros. Faltou tudo hoje e isso notou-se no relvado. Foi inaceitável.
Temos jogadores para construir e jogar nas taças e nas provas europeias vai ajudar muitos de nós, especialmente os mais jovens, a gerirem melhor estes jogos e a ter um ritmo mais alto, que é necessário nestas competições. Há muitos jogadores jovens e fortes, aos quais só falta experiência para poderem crescer e melhorar. Os adeptos devem estar tranquilos quanto a isso, mesmo que seja difícil ouvir estas palavras agora”.