Itália 4-0 Malta
O selecionador italiano Luciano Spalletti, ainda o atual campeão do Scudetto, pelo Nápoles, sabia da importância de conseguir um resultado positivo no litoral italiano, já que a sua seleção quer diminuir a distância para a líder do Grupo C, a Inglaterra.
A apenas três dias do confronto decisivo em Wembley, a Itália começou com tudo em Bari, com Gianluca Mancini a acertar um cabeceamento à barra, com menos de cinco minutos de jogo.
A seleção de Malta, que não conseguiu resistir aos avanços da Azzurra por muito tempo, acabou por sucumbir quando Giacomo Bonaventura, de 34 anos, acertou um remate espetacular, pouco depois dos 20 minutos. Malta, que não marcava num jogo contra os italianos desde 1993, pouco fez e os comandados de Spalletti passaram a maior parte do primeiro tempo sem sofrer remates à baliza. Antes do apito, no entanto, Domenico Berardi fez um belo golo perante Henry Bonello e dobrou a vantagem da sua seleção.
A caminho da 15.ª derrota consecutiva nas eliminatórias para o Europeu, os jogadores de Malta não acreditaram muito ao saírem do túnel. Depois de um período em que os italianos esconderam-se na sombra, não demorou muito para que os anfitriões fizessem o terceiro golo, com Berardi a completar a jogada com um remate de 18 metros.
Com a disputa praticamente encerrada, o jogo quase foi jogado em ritmo de passeio nos minutos finais, ainda com tempo de Cain Attard, médio do Belenenses, ser lançado na seleção de Malta, mas com o trio de meio-campo da Itália a ditar as lis do jogo.
Uma noite difícil para os visitantes, que se tornou ainda pior, pois a Itália colocou a cereja no topo do bolo quando Davide Frattesi bateu no canto inferior da área, aos 90+3', assinando a goleada.
Com a qualificação firmemente na mira dos italianos, Spalletti espera outro desempenho impressionante contra a Inglaterra na terça-feira, num jogo que irá despertar as memórias da dramática final do Euro-2000 entre as duas seleções.
Ucrânia-Macedónia do Norte
Com a Ucrânia e a Macedónia do Norte empatadas com sete pontos e numa corrida a três pelo segundo lugar do Grupo C, juntamente com a Itália, o início do encontro foi tenso, uma vez que nenhuma das equipas queria sofrer um golo cedo. Animados pelo público maioritariamente ucraniano em Praga - a sede temporária dos anfitriões para este jogo, devido ao conflito em curso no seu país -, a Ucrânia, que chegou aos quartos de final do Euro-2020, controlou a maior parte da posse de bola, manteve-se pacientes e acabou por criar a primeira grande oportunidade quando Mykhailo Mudryk entrou na área e obrigou Stole Dimitrievski a uma defesa difícil.
Perante o domínio da equipa comandada por Serhiy Rebrov, não surpreendeu ninguém que o golo inaugural, à passagem da meia hora, tivesse assinatura da Ucrânia, quando Jani Atanasov deu a bola na entrada da área para Sudakov, cujo remate desviou em Dimitrievski e balançou as redes. Depois de marcarem pelo menos um golo em sete dos seus últimos oito jogos, os visitantes mostraram o seu poder ofensivo antes do intervalo, com Bojan Miovski e Stefan Aškovski a testarem Anatoliy Trubin, guarda-redes do Benfica, à queima-roupa.
O primeiro tempo foi mais cauteloso mas, após o intervalo, as duas seleções saíram mais rápidas. Darko Churlinov, que entrou na Macedónia do Norte, quase deixou a sua marca, mas o remate foi defendido por Trubin, depois de uma corrida que o levou a passar por dois adversários.
Com os Lynxes a lançarem jogadores para a frente, a Ucrânia quase aproveitou no contra-ataque, com Mudryk a fazer uma corrida até à área para receber o passe de Dovbyk, mas a rematar diretamente contra Dimitrievski.
Mykola Matviyenko foi o próximo a tentar a sua sorte, com um cabeceamento dentro da área, que passou por cima. No final da partida, Mudryk acertou um remate de 20 metros que passou rente à trave, e Sudakov rematou de longe, mas Dimitrievski desviou acrobaticamente, antes de Oleksandr Karavaiev selar o marcador final, com um remate audacioso de 35 metros, aos 90+5 minutos.
De um modo geral, a Ucrânia foi demasiado boa na partida para a Macedónia do Norte, e a vitória dá à equipa de Rebrov a solução perfeita para a derrota por 1-2 em Itália na última jornada. Os ucranianos estão agora nos lugares de qualificação automática do grupo. Entretanto, os problemas no ataque continuam a atormentar a equipa de Blagoja Milevski, e algumas oportunidades desperdiçadas significam que não marcaram golos em quatro das suas últimas cinco deslocações.
