Luciano Spalletti: "A camisola da seleção nacional é a nossa primeira pele"

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Luciano Spalletti: "A camisola da seleção nacional é a nossa primeira pele"

Luciano Spalletti, selecionador italiano
Luciano Spalletti, selecionador italianoProfimedia/IMAGO
O selecionador italiano, Luciano Spalletti, falou sobre o Euro-2024, que está prestes a começar, e rebobinou a fita da sua carreira.

"A camisola da seleção nacional é a mais bonita e a mais importante do mundo, a primeira pele de um futebolista. Há que vesti-la com orgulho e convicção. Com dignidade e humanidade. Na nossa seleção nacional, todos devem estar ao mesmo nível, ninguém deve sentir-se poderoso. Todos partimos de derrotas passadas, são essas que nos moldam. A vitória é bonita, torna-nos melhores, mas se continuar a ser um fim em si mesma, torna-se um vício. Da depressão de uma goleada renascemos", afirmou Luciano Spalletti, numa longa entrevista ao Corriere della Sera, onde falou da sua Itália, que dentro de cerca de um mês iniciará a aventura do Campeonato da Europa, na Alemanha.

Uma competição que, apesar de não ter a Azzurra entre as favoritas, está a ser encarada com coragem pelo treinador.

"Podemos realmente competir com os grandes nomes europeus, Inglaterra, França e Alemanha? Temos de o fazer, mas ainda temos de trabalhar para isso. O que mostrámos até agora não é suficiente. Temos qualidades técnicas e também humanas, e sejamos claros: contam igualmente. Digo aos meus jogadores que, à frente do balneário, existe um mealheiro virtual, onde cada um coloca o que tem e pode dar. Recuperar uma bola perdida pode valer tanto como um golo. É assim que se ganha, é assim que nascem as relações", explicou.

No ataque

Questionado sobre a excelente forma de Gianluca Scamacca, Spalletti foi claro: "O mérito é de Gasperini, que o treina, e se de alguma forma o incentivei a reagir, fico feliz, é esse o meu objetivo. A tecnologia é importante, mas tem de ser contextualizada. Temos de nos manter ligados uns aos outros, mesmo nos tempos livres. São os pormenores que fazem a diferença, sempre. Estes dez dias em que estaremos juntos antes de partirmos serão os mais importantes".

O treinador da Azzurra também falou de um dos seus antigos números 10, Francesco Totti.

"Lembro-me da cara feliz do Francesco quando estava na Roma e fomos com toda a equipa vê-lo ao hospital. Quando nos voltámos a ver ao fim de anos, abraçámo-nos. Olho para as pessoas nos olhos, na postura. Garanto-vos que nos reencontrámos, as bases da nossa relação são fortes", explicou.

Nápoles e Serie A

Spalletti falou depois sobre o campeonato da Serie A, que está a chegar ao fim.

"Além do Inter, que ganhou merecidamente o Scudetto, o Bolonha é a equipa de que mais gostei. Isso leva-me de volta ao Nápoles. Fazem um bom jogo e no grupo respira-se amizade, fraternidade. É assim que se ganha também", afirmou.

E é precisamente sobre a sua antiga equipa que o treinador toscano faz uma análise importante.

"Geralmente, três treinadores não mudam nem em cinco anos. Como é que se assimilam tantas coisas em poucos meses de homens que têm métodos e caráteres diferentes? Os jogadores têm por vezes de ser confortados, convencidos de que são fortes. Nada é suficiente para os desmotivar. Os jovens como Zirkzee e Kvara, por exemplo, devem ser acarinhados, defendidos e apoiados todos os dias", explicou.

Por último, uma opinião sobre os jogadores do Nápoles que poderiam ser chamados à seleção italiana.

"Di Lorenzo, Raspadori e Meret? Faço uma avaliação global, não da época ou dos últimos meses", respondeu.