Israel 1-4 Islândia

Sabendo que uma vitória os colocaria a um jogo do apuramento para o Grupo E do Euro-2024, não foi surpresa ver as duas selecções a atacarem-se com grande intensidade. A Islândia teve a primeira oportunidade real de golo a meio da primeira parte, por intermédio de Orri Óskarsson, que desperdiçou um ressalto. Mas não demorou muito para que Israel ganhasse um penálti na outra extremidade, graças a uma falta de Daníel Leó Grétarsson sobre Eran Zahavi. O atacante israelita levantou-se e rematou rasteiro no canto inferior para colocar a equipe de Eli Dasa no comando do marcador.

Mas a alegria de Israel durou pouco menos de 10 minutos, já que a Islândia virou o jogo num período de três minutos. Albert Guðmundsson marcou um golaço de falta que foi parar no ângulo superior, e Omri Glazer ficou desamparado quando Arnór Traustason mandou um disparp certeiro de dentro da área no ângulo oposto para completar a inesperada virada antes do intervalo.

Como a segunda equipa com mais golos do Grupo J nas eliminatórias, Åge Hareide não se preocupou com a capacidade da sua equipa de voltar a marcar. No entanto, foi Israel que esteve dolorosamente perto do empate aos dois minutos, num remate de primeira de Anan Khalaili que Hákon Valdimarsson defendeu de forma soberba. Quando Alon Hazan pensava que os seus homens estavam a recuperar, Roy Revivo foi mandado para o duche sem hesitar por Anthony Taylor, por uma entrada feia sobre Arnór Sigurðsson.

A segunda penalidade da noite foi marcada por mão de Guðmundur Þórarinsson na área, mas Zahavi não conseguiu converter no segundo tempo, com um disparp que passou bem perto da trave esquerda. Guðmundsson, que não demorou muito a ser castigado, conseguiu uma jogada individual e um remate ao ângulo inferior, antes de completar o seu hat-trick com um remate de pé esquerdo de dentro da área para fazer Israel regressar a casa nesta fase das eliminatórias pela segunda vez consecutiva. A primeira vitória em três jogos significa que a Islândia vai defrontar a Bósnia-Herzegovina ou a Ucrânia na final do play-off, enquanto Israel terá de esperar mais quatro anos para ter a oportunidade de participar pela primeira vez no Campeonato da Europa desde que se tornou membro da UEFA em 1996.

Bósnia 1-2 Ucrânia

Com tanto em jogo e com os dois países a terem um historial pouco brilhante nos playo-ffs, era compreensível que as primeiras trocas de bola fossem escassas e sem qualquer qualidade no último terço. Os anfitriões começaram a afirmar-se no final da primeira parte e estiveram muito perto do golo, mas Yukhym Konoplya estava perfeitamente colocado em cima da linha para afastar o cabeceamento de Anel Ahmedhodžić. Momentos mais tarde, uma oportunidade ainda melhor surgiu quando o talismã Edin Džeko encontrou espaço na área, mas o seu esforço foi disparado para o alto e para fora, uma vez que Sead Kolašinac pareceu atrapalhar o seu caminho quando foram para a mesma bola.

Apesar de ter exercido alguma pressão após o recomeço, a defesa da Ucrânia foi quebrada pouco antes da marca da hora, quando a corrida de Amar Dedić e o cruzamento foram recompensados com a bola a acabar no fundo da baliza, uma vez que Mykola Matviyenko foi creditado com o toque final para colocar a bola na sua própria baliza.

Enquanto os visitantes tentavam encontrar uma forma de voltar ao jogo, quase foram apanhados pelo pensamento maravilhosamente rápido a partir de um livre, quando Miralem Pjanić tocou Ermedin Demirović para o golo, mas ele escolheu rematar com força e Andriy Lunin conseguiu salvar com as pernas. Esse momento provou ser crucial, pois Roman Yaremchuk varreu o cruzamento de Konoplya para casa à queima-roupa para fazer o 1-1. O golo silenciou os adeptos da casa e a Bósnia começou a mostrar-se nervosa. A reviravolta surpreendente ficou completa aos 88 minutos, quando Artem Dovbyk subiu mais alto e cabeceou o cruzamento de Yaremchuk para o fundo das redes.

Os anfitriões tentaram ripostar, mas os estragos já estavam feitos, e foi a Ucrânia que avançou para a final de terça-feira, frente à Islândia, embora tenha de superar o mau registo de seis derrotas nos últimos sete jogos do play-off.