Quatro golos, cinco estrelas: Portugal vence Liechtenstein (4-0) na qualificação para o Euro

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Quatro golos, cinco estrelas: Portugal vence Liechtenstein (4-0) na qualificação para o Euro

Atualizado
Cristiano Ronaldo foi determinante na vitória
Cristiano Ronaldo foi determinante na vitóriaAFP
25 anos depois, Portugal entrou a vencer na qualificação para o Campeonato da Europa. João Cancelo, Bernardo Silva e um bis de Cristiano Ronaldo fizeram as delícias das bancadas de Alvalade. Roberto Martínez tornou-se no terceiro selecionador a entrar a vencer.

Os três centrais

O primeiro onze de Roberto Martínez confirmou aquilo que convocatória já tinha revelado: Portugal vai apresentar-se com três centrais. Danilo, Rúben Dias e Gonçalo Inácio (a fazer a estreia) foram os escolhidos para estar à frente de Rui Patrício que voltou a ser titular num jogo oficial depois de ter perdido o lugar para Diogo Costa (lesionado) no play-off de apuramento para o Mundial-2022. Bruno Fernandes surgiu no meio-campo com João Palhinha, colocando Bernardo Silva no apoio a Cristiano Ronaldo, em conjunto com João Félix.

As escolhas dos dois treinadores
As escolhas dos dois treinadoresFlashscore

Quebra-gelo

Os primeiros minutos deixaram antever a partida ia ser. Portugal instalou-se no meio-campo do Liechtenstein, os centrais a jogaram bem para lá da linha do meio-campo, perante um adversário que ia fazendo uso de um bloco baixo, com o centro densamente povoado para tentar retardar ao máximo a festa nas bancadas de Alvalade.

Mas a espera não foi longa, durou oito minutos. Raphael Guerreiro bateu o canto na direita, Buchel afastou com os punhos para a entrada da área onde apareceu João Cancelo isolado, que tentou a sorte e apanhou em contra-pé o guarda-redes adversário. O mais difícil estava feito: o primeiro golo da era Martínez, que começou com uma discussão sobre quantos defesas iam ser utilizados na tática, foi marcado por um… defesa.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que… não fura

Como era de esperar, o golo acentuou o domínio de Portugal. Libertou os jogadores de uma eventual ansiedade e a equipa foi explorando formas de chegar à baliza adversária. João Palhinha serviu de placa giratória no meio, Bruno Fernandes ia acercando-se cada vez mais da área, João Félix combinava com Guerreiro, Bernardo Silva com Cancelo, e Gonçalo Inácio saía da defesa para acrescentar um homem-extra.

Ainda assim, o golo não chegou. João Félix tentou duas vezes, João Palhinha e Bruno Fernandes dispararam de fora da área, Gonçalo Inácio também. Cristiano Ronaldo foi o que esteve mais perto, na sequência de um canto, aos 34 minutos, mas ainda não seria desta que o capitão da Seleção Nacional ia quebrar o enguiço de nunca ter marcado a um Liechtenstein que, mais do que fazer remates (não fez), não conseguia entrar com a bola controlada no meio-campo de Portugal.

Reveja aqui as principais incidências da partida

Direita, volver

Foi uma entrada elétrica de Portugal no segundo tempo, mas desta vez com resultados praticamente imediatos. À semelhança do que tinha acontecido nos primeiros 45 minutos, os adeptos não tiveram de esperar muito para festejar.

Estavam decorridos dois minutos apenas após o reatamento, quando Bernardo Silva começou e concluiu uma jogada de envolvimento toda construída pela direita.

De resto, se na primeira parte foi a asa esquerda que esteve em destaque, no segundo tempo todo o ataque passou a ser canalizado pela faixa destra, com João Cancelo a emprestar velocidade. E é assim que chega o terceiro golo, com o lateral a ultrapassar Hofer e a ser empuirrado pelas costas. Espen Eskas não teve dúvidas: penálti. Chamado a converter, Cristiano Ronaldo (51 minutos) não desperdiçou e adicionou o Liechtenstein à lista de vítimas.

A festa do capitão

Na véspera Cristiano Ronaldo não teve pejo em admitir que passou por um período menos positivo na carreia. E o Mundial do Catar terá sido um desses momentos. Grande figura de Portugal naquele que pode ter sido o último Campeonato do Mundo da carreira, Ronaldo deixou a prova em lágrimas, com a equipa eliminada por Marrocos nos quartos de final,  e Gonçalo Ramos firmado como o novo ponta-de-lança.

Uma nova era significou uma cara lavada também do capitão. Titular e com a braçadeira de capitão voltou a receber o carinho dos adeptos e a ouvir o sonoro SIII aos 61 minutos e de uma forma que tem sido pouco vista recentemente: Chamado a converter um livre na meia lua, disparou forte e Buchel não teve como negar a festa do capitão

Cabeça no Luxemburgo

Com uma vantagem de 4-0 e o jogo fechado, Roberto Martínez começou a pensar na segunda jornada diante do Luxemburgo. Rafael Leão, Rúben Neves, Gonçalo Ramos (para o lugar de Ronaldo) e Vitinha foram a jogo. Segundas opções que vieram trazer outra rotatividade à equipa que não perdeu intensidade e capacidade de assediar a baliza do Liechtenstein que terminou a partida com um remate – aos 58 minutos – que Rui Patrício segurou, na única vez que teve trabalho.

Os números da partida
Os números da partidaFlashscore

João Cancelo, João Palhinha,  Vitinha e Rafael Leão tiveram oportunidades, mas o marcador não mais se alterou. 4-0, grande aplauso das bancadas e o otimismo a reinar no começo da era de Roberto Martínez. Pela primeira vez, desde 1998, Portugal entrou a vencer na qualificação para um Europeu.

Relato do primeiro golo de Portugal
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