Recorde aqui as incidências do encontro

Gondou, que vinha a ser um elemento chave a partir do banco da seleção comandada por Javier Mascherano, desta vez foi titular no estádio Brigido Iriarte, em Caracas, e marcou aos 78 minutos após um belo cruzamento do lateral-esquerdo Valentin Barco. Foi o quarto golo do avançado do Argentinos Juniors no torneio de sub-23.

A Argentina vai agora à procura do terceiro título olímpico no futebol masculino, depois de Atenas-2004 e Pequim-2008.

Os dois gigantes sul-americanos tinham um guião bem claro para este jogo de vida ou morte: a Argentina controlava a bola e o Brasil esperava para contra-atacar, procurando Maurício e Guilherme Biro nas laterais e Endrick na frente. O técnico da Seleção, Ramon Menezes, surpreendeu com John Kennedya ficar no banco.

Thiago Almada, de livre, acertou no poste esquerdo da baliza de Mycael, aos 15 minutos, na melhor oportunidade da primeira parte.

Medo e muito respeito

O jogo foi denso no primeiro tempo. O medo de errar era evidente. O Brasil manteve o esquema de Menezes, embora Endrick estivesse bem marcado. A Argentina segurava a bola com Almada na frente, mas não conseguia fazer estragos no último terço.

Pouco depois do intervalo, aos 48 minutos, Gondou ameaçou com um cabeceamento. Menezes fez entrar John Kennedy e Gabriel Pec, numa tentativa de dar mais peso ao ataque. Kennedy, aos 61 minutos, conduziu um contra-ataque, finalmente, eficaz, mas Pec falhou com tudo a seu favor.

A resposta da Argentina foi contundente num cruzamento teleguiado para a área por Barco conectado por Gondou.

O Brasil caiu e a derrota poderia ter sido mais abrangente. Pablo Solari, num ataque montado por Almada, colocou o guarda-redes Mycael em apuros.

A Argentina, apesar das duras críticas a Mascherano ao longo do caminho, vai estar presente nos Jogos Olímpicos olímpica. E à custa dos seus maiores rivais.