Balboa deixa conselho a Vinícius: "Não podes enfrentar toda a gente"

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Balboa deixa conselho a Vinícius: "Não podes enfrentar toda a gente"
Vinícius Júnior ao serviço do Brasil
Vinícius Júnior ao serviço do BrasilAFP
Balboa acredita que as acções de Vini Jr. só vão prejudicar o seu jogo. Em causa as denúncias de racismo que o internacional canarinho tem feito.

"As pessoas parvas e mal-educadas estão sempre presentes. Sim, o Vinicius é negro e o Rudiger é negro, vão meter-se com os dois, mas se puderem afetar o Vinicius, vão sempre atrás dele. Ninguém sai de casa a pensar em ir atrás do Vinicius. Vão pensar em ir atrás do Vinicius, do Rudiger, do Camavinga, do Militão. Quem é que está a afetar, o Vinicius? Bem, a esse. Por isso, terá de se esforçar por não se virar e não os enfrentar, porque, no fim de contas, está a dar-lhes de comer para que, em vez de dez, sejam 50, embora isso não signifique que tenha de denunciar os insultos. Quem está a sofrer e quem está a ter impacto é ele, não é mais ninguém. O racismo existe. Apesar de a Espanha não ser um país racista, em qualquer lado se encontra um subnormal, é evidente", explicou Javier Balboa no Chiringuito.

O antigo extremo do Real Madrid e Benfica revelou que também ele foi caso de denúncias racistas.

"Para mim, aos 13 ou 14 anos, quando ainda não estava em Madrid, fizeram graffitis a dizer 'Balboa, morre' em campos sem segurança. E o que é que eu fiz? Joguei, marquei cinco golos e fui para casa. O que não se pode fazer é enfrentar toda a gente. Vinicius tem de denunciar, ele fez, perfeito, e a partir daí a LaLiga pode tomar medidas, mas ele tem de tentar trabalhar para o seu bem-estar e o da equipa. Todas as pessoas que o rodeiam e que vivem dele devem dizer-lhe que pare, que não continue a agir assim porque isso afecta o seu desempenho e é uma pena porque ele tem condições para ser o número um. Têm de lhe dizer que tem de se concentrar na sua dieta, na sua recuperação, que quando lhe dizem alguma coisa ele vira-se e marca três golos, mas não pode dar-lhes munições. Agora, depois disto (da conferência de imprensa), vai ficar pior..."