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Ferran Torres resolve contra o Atlético de Madrid (1-0) e aproxima o Barcelona do título

O Barcelona mantém 11 pontos de vantagem sobre o Real Madrid
O Barcelona mantém 11 pontos de vantagem sobre o Real MadridJOSEP LAGO / AFP
Os "blaugranas" venceram pela margem mínima e deram resposta positiva num dos jogos mais complicados do calendário, contra um adversário que chegou a Camp Nou em boa forma, mas que está já a cinco pontos do Real Madrid.

Três jogos consecutivos sem ganhar ou marcar mereceram ter um final feliz. E que melhor cenário do que contra o Atlético de Madrid e em frente dos seus próprios adeptos? Um velho conhecido chamado Antoine Griezmann, sem dúvida entre os líderes da competição pelos seus números individuais e por ser chave no bom trabalho colectivo dos rojiblancos, estava pronto para tornar amargo o domingo de Sant Jordi. Demorou 44 segundos a bater Ter Stegen com um remate espetacular, mas viu a bola bater diretamente na trave e cair perto da linha de golo.

A ação tão precoce quebrou o guião do confronto. Estava longe de ser a norma, o esperado, o previsível. Superado o susto, o Barcelona tomou posse da bola num campo dividido em dois (área ensolarada e sombreada). Xavi Hernández, a propósito, estava neste último, ao contrário de muitos adeptos, que se abrigaram o melhor que puderam. O treinador, após a primeira meia-hora, foi repreendido por Sánchez Martínez pelos seus constantes protestos.

O segundo golo de Ferran em abril

Robert Lewandowski estava com vontade de festejar e dar aos culés uma rosa sob a forma de golo. 2023 está a ser um ano menos produtivo para o avançado, que conta apenas nove golos, mas o polaco tornou-se o principal trunfo para incomodar Jan Oblak. Os seus movimentos, também sem bola, foram um presente para o resto dos seus companheiros de equipa, entre eles Ferran Torres, um pouco lento em algumas ações, especialmente contra uma equipa na qual primam as ajudas dos homens da frente (como Thomas Lemar ou o já mencionado Griezmann).

O francês com formação blaugrana teve novamente uma grande oportunidade de abrir o marcador, mas Ter Stegen apareceu pela primeira vez com uma intervenão que já é marca registada. Perto do intervalo, quando parecia que o nulo se ia manter, Ferran Torres encontrou a recompensa pela sua persistência, ao receber de Raphinha e colocar a bola na rede por baixo de um adversário, sítio onde o guarda-redes esloveno, que não tinha tido muito trabalho até então, não conseguia chegar.

Nem a sentença, nem o empate

O Barcelona voltou a ameaçar e Ferran continuou a tentar, ele que procurava o bis antes de ser substituído à hora de jogo por Pedri González, de volta após mais de dois meses de ausência. Embora os anfitriões estivessem mais confortáveis e dominantes, a equipa de Diego Simeone investiu pelos flancos, especialmente pela esquerda, com Yannick Carrasco a servir Rodrigo de Paul com um passe maravilhoso, aos 62 minutos, com este a desperdiçar quando tinha tudo para marcar.

Lemar rasgou os calções de Sergio Busquets antes de ser substituído e Gavi reclamou um penálti inexistente, que oferecia menos dúvidas do que um reclamado pela equipa da capital por uma mão na bola de Busquets, antes de desperdiçar uma oportunidade de (quase) fechar o jogo. Não foi pior do que a de Lewandowski, inexplicavelmente egoísta quando tinha Raphinha sozinho, antes de o brasileiro ter disposto também de uma oportunidade. A cada três oportunidades para os catalães, surgia uma para os madrilenos: desta vez, num espetacular contra-ataque de Antoine Griezmann.

Recorde aqui as incidências do jogo.

Por incrível que pareça, nenhuma das equipas foi capaz de voltar a fazer mexer o marcador. E não foi por não o terem tentado. Uns procurava selar a vitória e outros tentavam resgatar um empate bastante insuficiente. De qualquer modo, foi um jogo que correspondeu às expectativas, um dos que vale bem a pena pagar por um bilhete, e com um resultado favorável para a equipa de Xavi, que já começa a acariciar um título da LaLiga que não toca desde a época de 2018/19, ainda com Leo Messi, cujo futuro ainda está no ar.

Homem do Jogo Flashscore: Ferran Torres (Barcelona).