Vinicius Jr chamou a atenção dos adeptos que o insultavam, o que levou a que o jogo fosse interrompido durante 10 minutos, e depois envolveu-se numa altercação com os jogadores do Valência que o levou a ser expulso na segunda parte. O Real Madrid perdeu o jogo por 0-1, mas o resultado foi o que menos importou.
O internacional brasileiro foi depois ao Twitter exprimir a sua frustração, dizendo que "o racismo é normal em LaLiga" e descrevendo Espanha como um "país racista".
"Solidariedade total com Vinicius. Não há lugar para o racismo no futebol ou na sociedade e a FIFA está ao lado de todos os jogadores que se viram numa situação destas", afirmou Infantino num comunicado: "Os acontecimentos ocorridos durante o jogo entre o Valência e o Real Madrid demonstram que é necessário que assim seja. É por isso que o processo de três passos existe nas competições da FIFA e é recomendado a todos os níveis do futebol. Em primeiro lugar, interrompe-se o jogo e anuncia-se o facto. Em segundo lugar, os jogadores abandonam o relvado e o speaker anuncia que, se as agressões continuarem, o jogo será suspenso. O jogo recomeça, e depois, em terceiro lugar, se as agressões continuarem, o jogo pára e os três pontos vão para o adversário."
Infantino acrescentou que as medidas para acabar com o racismo precisam de ser apoiadas através da educação.
Vincius Jr recebeu uma onda de apoio após o incidente, incluindo do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti.
A LaLiga já apresentou queixas de cânticos ou insultos racistas contra Vinicius Jr. A última queixa foi apresentada a um tribunal de Maiorca, depois de os adeptos terem sido filmados a insultarem racialmente o avançado.
A polícia espanhola está também a investigar um possível crime de ódio contra Vinicius Jr, depois de um manequim com a camisola número 20 ter sido pendurado numa ponte em frente ao campo de treinos do Real Madrid, em Janeiro.