Mais

LaLiga: Real Sociedad vence em Valência (0-1), Real (2-0) aproxima-se do Girona que é líder isolado (1-2)

Atualizado
Carlos Fernández fez o único golo do encontro
Carlos Fernández fez o único golo do encontroAFP
Carlos Fernández deu um impulso à Real Sociedad, adversário do Benfica na Champions, que assaltou o Mestalha e subiu aos lugares europeus. Um Real Madrid de costas voltadas com a baliza contrária conseguiu vencer o Las Palmas depois de muitas oportunidades claras, com golos de Brahim e Joselu (2-0). Por outro lado, o Girona é o novo líder da LaLiga após uma vitória sofrida contra o Villarreal, com reviravolta incluída.

Valência 0-1 Real Sociedad

Imanol Agualcil aproveitou para poupar alguns titulares e ainda assim arrancou uma vitória no Mestalha, aproveitando a expulsão de Amallah, antes do intervalo, que estava a ser o melhor dos che.

Quantas vezes já se leu que "no futebol, ganha quem domina na grande área". E é verdade. O Valência começou por marcar o ritmo com e sem bola, sufocou a Real Sociedad com a sua pressão, procurou muito, ainda que de longe, a baliza contrária... mas foram os Txuri Urdin que marcaram.

Destaque ainda para Amallah no primeiro jogo como titular pelos anfitriões. Mas a capa de herói com a qual, entre outras ações, forçou dois cartões aos adversários, durou 40 minutos. Antes do intervalo, vestiu-se de vilão e foi expulso com um duplo cartão amarelo.

No entanto, o internacional marroquino teve tempo para criar a melhor oportunidade de golo para os che. Um cabeceamento cruzado, rasteiro, que obrigou Remiro a esticar-se como uma pastilha elástica. Uma defesa. Era a consequência de um Valência que incomodou La Real como poucas equipas conseguiram, notando-se a falta do brilho de Take Kubo.

À passagem da meia hora, Carlos Fernández, em quem Imanol deposita uma confiança inabalável, aproveitou um belo passe de Tierney para o espaço, girou diante Diakhaby e bateu Mamardashvili.

A equipa da casa acusou, e de que maneira, o golo sofrido, ficando cheia de dúvidas e nervos, o que levou à expulsão de Amallah com dois amarelos em três minutos. 

Como um azar nunca vem só, a um Valência reduzido a dez homens somou-se a lesão do capitão, Gayà, pouco depois de regressar do balneário. No entanto, com a diferença de um golo tudo é possível e no Mestalha o ambiente leva a tensão e a erros. 

Remiro, numa asneira, entregou a bola a Javi Guerra que, de baliza aberta, atirou para fora. O marcador não se alterou e o Valência deixa os lugares europeus, em troca com a Real Sociedad.

Escolhas iniciais e pontuações no final do jogo
Escolhas iniciais e pontuações no final do jogoFlashscore

Cádiz 0-0 Rayo Vallecano

Com Bebé a titular nos visitantes, o Cádiz e o Rayo partilharam 12 cartões, mas esqueceram-se dos golos. As duas equipas continuam confortáveis na tabela. 

Real Madrid 2-0 Las Palmas

Em cinco anos, o Real Madrid perdeu dois dos melhores avançados do mundo. Cristiano Ronaldo e Benzema reencontraram-se na Arábia Saudita e com eles parece ter desaparecido a marca de golos dos Merengues.

Pelo menos foi o que aconteceu durante os primeiros 45 minutos contra o Las Palmas. As oportunidades apareceram constantemente e, fosse por falta de finalização, pelos reflexos de Álvaro Valles ou por qualquer outra circunstância, a bola não entrava na baliza dos canários.

A tarde era perfeita para oferecer uma goleada aos adeptos. A turma insular de García Pimienta mostravam debilidades, devolvendo a bola ao adversário sem o obrigar a pressionar e concedendo muitas oportunidades na defesa. No entanto, os rapazes de Carlo Ancelotti não conseguiam encontrar o golo que faltava, por mais que o procurassem.

Não havia tempo para viajar até à Arábia para os ir buscar, pelo que teve de ser Brahim, um novo reforço no onze do italiano, a trazer o golo foragido para a capital espanhola. O jovem talento de Málaga, aproveitou um momento de confusão na grande área dos canários e desfez o nulo no marcador.

Pouco depois do reatamento, o Real Madrid encontrou o seu ritmo. Joselu marcou o segundo golo e deu início à hora de reaparições. Com o jogo bem encaminhado, Carletto lançou Vinicius Junior, que desfrutou de mais de meia hora de futebol. Do outro lado, entrou o antigo jogador das camadas jovens madridistas, Marvin, num regresso aos relvados que levou a uma ovação por parte das bancadas.

Num duelo em que a apatia do Las Palmas permitiu que a equipa da capital se divertisse, a apatia Rodrygo destacou-se pela negativa. Tem recebido total confiança do treinador, mas, além do fato de as coisas não estarem a correr bem, o jogador de São Paulo dá a impressão de ter perdido a vontade.

Foi alarmante a maneira como andou pelo campo, sem rumo, em muitos momentos da partida. Para a estatística, mas não para melhorar as impressões, fica a assistência que deu fez a Joselu para o 2-0. Um mau início de época, em que deveria estar a dar o salto e a tornar-se um dos principais jogadores da equipa.

No final, o Real Madrid ganhou, mas não foi convincente em frente à baliza. Os efeitos da ausência de um avançado titular continuam a acentuar-se. Longe vão os tempos em que ganhavam confortavelmente graças à voracidade dos homens da frente.

Villarreal 1-2 Girona 

Não é todos os dias que se pode vestir o fato de líder e olhar para baixo para os rivais. Com essa possibilidade nem remotamente sonhada há algumas semanas, o Girona visitou o La Cerámica. Mas o Villarreal não estava disposto a dar qualquer hipótese, e pregou-lhes um grande susto desde o início. Morales ainda deve estar a pensar como é que meteu a bola no segundo anel com a baliza toda para si.

A este susto juntou-se o de Savinho, a grande revelação gironí, devido a um problema no tornozelo. Felizmente para os catalães, recuperou e foi o jogador mais incisivo nos primeiros 45 minutos. O costume. Foram dele as melhores jogadas de perigo contra o guarda-redes Jorgensen. Um dos seus cruzamentos foi desviado para Tsygankov, cujo cabeceamento foi afastado por Yeremi Pino. Ele próprio poderia ter inaugurado o marcador, mas Dovbyk, demasiado esforçado, adiantou-se e falhou o alvo.

No entanto, foi o Villarreal que teve as melhores oportunidades de golo neste período. Para além da já referido de Morales, Yeremi também teve uma ocasião, mas foi travado por uma grande defesa de Gazzaniga. E Pedraza, uma faca afiada na lateral esquerda, cujo cruzamento foi defendido por David Lopez para o próprio poste.

Por incrível que pareça, o intervalo chegou com o marcador em branco. Mas não demorou muito para que mudasse. Parejo, de pénalti, fez o 1-0 logo após o recomeço.

Reação de líder: os homens de Míchel Sánchez, que até então passeavam quando tinham a bola, mudaram o chip, aceleraram e rapidamente conseguiram uma grande recompensa que os tornou líderes da LaLiga. O remate de Dovbyk a cruzamento de Savinho, claro, fez o 1-1. E outro de Aleix Garcia foi cabeceado por Eric Garcia para fazer o 1-2. Em cinco minutos, era a glória para o Girona.

E o resultado poderia ter sido mais avultado se a trave não tivesse afastado o remate de Aleix, o cérebro da equipa. Ou se Portu tivesse afinado a pontaria. O Villarreal estava nas lonas e o seu adversário queria acabar com o jogo rapidamente. Stuani também o podia ter feito, mas o veterano uruguaio recém-entrado, depois de roubar a bola a Jorgensen, falhou de baliza aberta. O guarda-redes, assobiado pelos adeptos, deveria ter sido substituído. 

Longe de reagir, a equipa da casa continuou sem resposta. Mais uma vez, Stuani teve o 1-3 nas suas botas, mas o poste travou-o . Isto deu um pouco de vida ao adversário moribundo nos momentos finais, mas o Submarino Amarelo ainda não está pronto para vir à superfície. Nem com Setién, antes, nem com Pacheta, agora. E muito menos contra um Girona sólido, que já é, pela primeira vez na sua história, líder da LaLiga.

Atheltic Bilbau 2-2 Getafe

O Athletic não conseguiu completar o assalto aos lugares cimeiros da tabela. Num jogo que se desenhava a seu favor desde muito cedo, com o golo de Yuri Berchiche, aos 06 minutos, a expulsão de Sancet em cima do intervalo mudou completamente o cenário. Gastón empatou no regresso dos balneários a favor da equipa do português Domingos Duarte, mas Williams confirmaria a sua boa forma pouco depois para recolocar os bascos

O jogo também ficou na história pela homenagem a João Pinto como One Club Man e pelo recorde alcançado por Iker Muniain. O jogador navarro entrou aos 85 minutos e igualou Txetxu Rojo como o segundo jogador da história do Athletic com mais jogos disputados, chegando aos 541. O recorde de sempre é de José Ángel Iríbar, com 614.

Rayo