Recorde aqui as incidências do encontro
Não há como esconder que o Valência é uma equipa em crise, tanto diretiva, como desportiva. Os objetivos europeus já fugiram há muito tempo e agora a luta é outra neste época para esquecer que ainda tem por onde piorar. O golo de Santi Comesaña, logo aos nove minutos, é prova disso.
O lateral Álvaro Garcia subiu pelo flanco esquerdo, tirou um cruzamento para a área onde o avançado apareceu completamente sozinho, com tempo para controlar o esférico e escolher o lado antes de rematar para o primeiro golo do encontro.
Aflitos para reentrar no encontro, os che esbarraram num muro bem organizado do Rayo Vallecano que pressionava de forma coordenada e obrigava a uma troca de bola rápida, o que se traduziu em muitos passes falhados e numa frustração e contestação crescente das bancadas.
Até que apareceu Justin Kluivert, o neerlandês era o único capaz de agitar o jogo sozinho, dando muitas dores de cabeça à defesa visitante com a sua velocidade e imprevisibilidade, tendo acertado no poste ainda antes do intervalo. Depois do descanso, a equipa de Baraja entrou avassaladora, mas pecou - e muito - na finalização.
Lino, Cavani e até Diakhaby roçaram o empate, mas tanto a falta de pontaria como os reflexos de Dimitrievski adiaram, mas não negaram, o golo que viria a surgir da marca de grande penalidade... com polémica. O ex-Arouca Ivan Balliu tocou na bola com a mão e Jorge Vázquez deu mais um caso para ser escrutinado pelos jornais espanhóis.
Imune à polémica e à pressão estava Kluivert, o neerlandês assumiu a cobrança a oito minutos dos 90 e, com uma tremenda calma, deixou o guarda-redes voar para um lado antes de encostar o esférico para o lado oposto. Ainda havia tempo para a vitória, mas quem voltou a brilhar foi Mamardashvili a impedir o golo de Salvi e o descalabro no Mestalla.
