Ander Herrera está fora de ação há dois meses. Participou durante três quartos de hora na derrota contra o Celta Vigo (1-0), a 29 de janeiro, naquele que foi o seu quarto jogo consecutivo com minutos, algo inédito nesta temporada. Fez apenas 11 jogos pelo Athletic Bilbao, a maioria das quais desde o de suplentes. Ainda não marcou qualquer golo desde que chegou ao clube, embora tenha conseguido dar uma assistência no empate (2-2) diante do Getafe. Nada a ver, pelo menos para já, com tudo aquilo que viveu entre 2011 e 2014.
"Estou a atravessar, sem dúvida, o momento mais difícil da minha carreira. Há pouco mais de um ano comecei a ter problemas musculares recorrentes dos quais parece que não consigo recuperar. Para alguém como eu, que é apaixonado pela sua profissão e a desfruta intensamente todos os dias, é muito difícil. Sinto que tenho a mesma energia e entusiasmo pelo futebol que tive ao longo da minha carreira, mas as lesões não me permitem desfrutar e ser feliz", explicou o meio-campista há um mês atrás.
"Sinto que no Athletic tenho tudo o que preciso para ser feliz e isso faz-me sofrer ainda mais. Estou rodeado por profissionais que nunca deixam de me mostrar a sua ajuda e apoio e por colegas de equipa inigualáveis. Por vezes, já me passou pela cabeça desistir, mas não me perdoaria a mim próprio. Queremos educar as nossas filhas na perseverança e na superação dos obstáculos que possam encontrar pelo caminho, e isso seria exactamente o oposto", acrescentou Herrera na sua conta do Twitter.
O futebolista havia prometido que ia continuar a "procurar soluções" para regressar aos relvados e poder devolver "o afeto" das pessoas que estão ao seu lado. Dito e feito. A equipa médica deu avaliação positiva e Ernesto Valverde chamou-o para o jogo mais importante da época. Seria uma surpresa se começasse como titular, mas é solução para a segunda parte e o hipotético tempo extra da segunda mão das meias-finais da Taça do Rei, diante do Osasuna, que traz vantagem mínima do primeiro jogo, disputado no seu estádio (1-0).