"O Olympique Lyonnais está profundamente chocado com a decisão do Comité Disciplinar de se declarar incompetente para lidar com os incidentes extremamente graves que prejudicaram gravemente a chegada do seu plantel profissional nas imediações do Estádio Velódromo, no domingo, 29 de outubro, durante a 10.ª jornada da L1", lê-se no comunicado.
Esta nota oficial vem na sequência da declaração da LFP, de que não serão tomadas sanções contra o Marselha na sequência dos acontecimentos no Olympico.
"O Comité de Competições da LFP decidiu, na sequência das informações e garantias fornecidas pela Prefeitura de Bouches-du-Rhône, jogar o jogo Olympique de Marseille - Olympique Lyonnais, contando para a 10.ª jornada da Ligue 1, no Orange Vélodrome na quarta-feira, 6 de dezembro de 2023", disse a LFP.
Um desejo reafirmado
Além da declaração, Vincent Ponsot acrescentou outra nota sobre a decisão do clube em conferência de imprensa na sexta-feira.
"Não podemos deixar de assinalar a ocasião e a comissão dispõe de todos os instrumentos necessários para o fazer.O antigo artigo 129º do regulamento geral estipula que todos os clubes são responsáveis pelo comportamento dos seus adeptos. Para que os clubes se comprometam com a segurança e o comportamento dos adeptos, este artigo não menciona a territorialidade. Se estivermos a 400 metros do estádio, sabemos que se trata de adeptos da OM e sabemos que é uma emboscada com bolas de petanca. O comité tomou a decisão política de não pôr um dedo na ferida, mas não consigo entender isso para um treinador que quase perdeu o olho", afirmou.
"Não vamos ficar por aqui. Devemos isso aos nossos jogadores e ao nosso pessoal. Não queremos que a OM passe pelo que passámos há dois anos, o ponto retirado, o debate sobre o jogo perdido. Mas queremos poder jogar futebol sem ter medo nem correr qualquer risco. Não queremos sanções desportivas, porque os jogadores do Marselha não tiveram nada a ver com isso. Queremos jogar em campo neutro", defendeu.
Corentin Tolisso também fez questão de sublinhar e aprovar a decisão do Lyon.
"Não compreendo esta decisão, não foi bem pensada. O nosso treinador quase perdeu um olho e acho que é uma loucura não haver penalização. Eu estava dentro do autocarro e posso dizer-vos que estava assustado. Da última vez disseram-nos que tudo ia correr bem. O que é que vamos fazer da próxima vez, se as janelas se partirem outra vez, se acontecer algo pior? Sim, tenho medo que aconteça alguma coisa. Não percebo porque é que temos de esperar para agir", reagiu.