Atal, que joga no Nice, da Ligue 1, partilhou o vídeo na sua conta do Instagram, que tem 3,2 milhões de seguidores, pouco depois do ataque dos militantes do Hamas a Israel, a 7 de outubro, no qual morreram 1.139 pessoas.
Num excerto do vídeo visto pela AFP, o pregador, Mahmoud Al Hasanat, começa por falar da situação das crianças em Gaza.
Os procuradores disseram que também identificaram um outro excerto em que ele apelava a Deus para "enviar aos judeus um dia negro", e "firmar as mãos" dos habitantes de Gaza se estes "atirassem pedras".
O defesa de 27 anos, que rapidamente apagou o post e emitiu um pedido de desculpas, foi suspenso pelo seu clube enquanto os procuradores investigavam o incidente por suspeita de "justificação do terrorismo".
Mas a Procuradoria abandonou essa linha de investigação, depois de ter visto o vídeo e interrogado o jogador, acusando-o de "incitamento ao ódio religioso".
Duas associações, a Liga Internacional contra o Racismo e o Anti-Semitismo (Licra) e o Observatório Judaico de França, interpuseram acções civis contra o jogador.
Se for considerado culpado, Atal poderá ser condenado a um ano de prisão e a uma multa de 45.000 euros.
O jogador está sob vigilância judicial e está proibido de viajar para o estrangeiro, exceto para jogar futebol.
O Nice suspendeu-o rapidamente "até nova ordem", após o post, enquanto a liga de futebol profissional baniu-o por sete jogos.
Alguns dos colegas de equipa argelinos de Atal pediram clemência, dizendo que ele tinha pedido desculpa e que não tinha visto o vídeo até ao fim antes de o publicar.
A guerra mais mortífera de sempre em Gaza começou com ataques sem precedentes do Hamas contra Israel, a 7 de outubro, quando o grupo matou 1.139 pessoas, na sua maioria civis, e raptou cerca de 250, de acordo com dados atualizados de Israel.
O Ministério da Saúde do território dirigido pelo Hamas afirmou que cerca de 19.000 pessoas foram mortas na campanha de Israel em Gaza.