Espanha 3-0 Países Baixos
Em La Cartuja, no jogo entre a Espanha e Países Baixos, estava em disputa um lugar na final da Liga das Nações e, acima de tudo, um bilhete para os Jogos Olímpicos de Paris.
O início equilibrado, que durou apenas alguns instantes, foi uma miragem, com um festival de oportunidades inicialmente para os dois lados, depois a favor da equipa da casa .As neerlandesas esperavam qualquer erro na saída de bola para criar uma transição. E foi numa delas que surgiu a única intervenção de Cata antes do intervalo, com a perna a impedir o 0-1 no marcador. Apenas Beerensteyn, que mais tarde gerou alguma tensão entre os adeptos, parecia ter alguma hipótese de incomodar as campeãs do mundo, que por sua vez continuaram a tentar a sua sorte através de Carmona e Paredes
Quando o público já pensava que os golos iam ter de esperar, Jenni Hermoso fez a sua magia com um jogo de pés sublime para despistar a defesa e marcar o tão esperado golo, aos 40 minutos. Aitana Bonmatí apareceu na segunda linha para fazer o 2-0 num momento crucial (44'). Embora a Bola de Ouro tenha participado menos do que o habitual, mostrou mais uma vez por que recebeu o prestigiado prémio em outubro.
Todas as dúvidas desapareceram quando Batlle fez o 3-0, aos 77 minutos. A lateral culé cruzou e ela própria rematou depois de ter aproveitado o ressalto. Foi então que houve tempo para ver em ação a jovem Vicky Lopez (17 anos), a mais jovem de sempre a jogar pela equipa principal.
Sob a orientação de Mariona, que admitiu na quinta-feira estar em grande forma e não hesitou em demonstrá-lo em campo na sexta-feira, as jogadoras treinadas por Tomé dirigiram-se para o jogo decisivo do torneio europeu ( vão defrontar em a sempre perigosa França, que derrotou a Alemanha por 2-1 na outra meia-final) e para os Jogos Olímpicos, um acontecimento inédito na secção feminina.
França 2-1 Alemanha
A seleção francesa está desesperada por um grande troféu. Depois de se qualificar para a final four da Liga das Nações, as Bleues tinham a vantagem de receber a meia-final. O adversário era a Alemanha, um adversário que, historicamente, não estava a seu favor, mas as francesas ainda tinham uma hipótese.
Apesar do frio que fazia no Estádio Groupama, as anfitriãs começaram a partida com muita garra, atacando as adversárias pelas laterais. Os cruzamentos foram tensos e as tentativas de ataque, mas nada de concreto. Para marcar, é preciso ter oportunidades, e as alemãs perderam a primeira: Alexandra Popp, de cabeça, após um canto, acertou na trave. Isso foi apenas uma gota no oceano, pois a França dominou o jogo, em particular porque Eugénie Le Sommer explorou a fraqueza da Alemanha na esquerda.
No final, foi Kadidiatou Diani a inaugurar o marcador com um vólei após uma cobrança de falta que a defesa não conseguiu defender, levando o estádio ao delírio, aos 41 minutos.
Eufóricos, as Bleues avançaram e, depois de o remate de Sakina Karchaoui ter sido salvo no último momento pela defesa, Le Sommer pegou na bola e lançou Geyoro, que foi derrubada por Oberdorf na grande área. Karchaoui não perdeu tempo e converteu a grande penalidade, aumentando a vantagem antes do intervalo.
Depois de algumas ocasiões, as alemãs deram tudo por tudo e acabaram por ganhar uma grande penalidade por um infeliz toque de mão na área de Amandine Henry, após uma interminável consulta no monitor, que Giulia Gwinn converteu com força, aos 82 minutos.
O final da partida prometia ser intenso, com um livre perigoso de Popp a colocar o público em suspenso. O remate por cima permitiu a explosão de alegria no apito final.
A final, entre as vizinhas Espanha e França, está agendada para quarta-feira.