Recorde as incidências da partida
Nunca é demais lembrar que Portugal é favorito a vencer todos os seis jogos da fase de grupos da Liga das Nações. Portanto, tudo o que não seja uma vitória da equipa da quinas contra Bósnia, Malta ou Irlanda do Norte será sempre uma surpresa. Ainda assim, de ser favorito a confirmar o favoritismo dentro de campo ainda vai uma certa distância.
Nesta paragem para os compromissos internacionais, Portugal bateu a Bósnia e esperava-se igual desfecho contra Malta. O selecionador Francisco Neto promoveu cinco alterações em relação ao último onze e a seleção portuguesa demorou a arrancar para a vitória.
Domínio inconsequente
A primeira oportunidade acabou por pertencer mesmo à seleção de Malta, logo aos três minutos, quando Maria Farrugia ficou muito perto de aproveitar um erro clamoroso da capitã portuguesa Dolores Silva na primeira fase de construção.
Portugal puxou para si o domínio do encontro a partir dos 20 minutos, mas mostrou sérias dificuldades para ultrapassar a linha defensiva adversária, apostando em demasia no jogo direto, sem proveito para as avançadas Jéssica Silva e Diana Silva, com as melhores oportunidades a surgirem apenas em lances de bola parada.
De resto, muito, muito, muito pouco da turma de Francisco Neto nos primeiros 45 minutos, que fez por não merecer mais do que o nulo ao intervalo.
Abre-latas de penálti
Após uma primeira parte cinzenta, era preciso mais de Portugal no sintético de Centenary Stadium, um piso que também em nada beneficiou o jogo da seleção portuguesa, e foram precisos apenas dois minutos para o golo aparecer na etapa complementar.
Com dificuldades de bola corrida, Portugal chegou à vantagem num lance de bola parada, de grande penalidade, através de Carole Costa, a central do Benfica especialista na marca dos 11 metros, que aproveitou uma mão na bola de Said na área de Malta.
O golo português fez com que Malta recuasse no terreno, deixando de ter armas para contrariar a superioridade técnico-táctica das portuguesas, e o segundo golo tardou, mas apareceu aos 77 minutos.
A recém-entrada Tatiana Pinto colocou a bola em Jéssica Silva e a camisola 10 assistiu para Ana Capeta anotar o 2-0, cinco minutos depois de ter entrado no jogo, colocando assim um ponto final nas contas da partida.
Portugal ainda dispôs de mais algumas oportunidades para aumentar a diferença, com particular destaque para uma bola Carolina Mendes (90+5), mas não teve sucesso. Contas feitas, vitória justa da equipa das quinas numa exibição q.b. para a primeira dupla jornada da segunda edição da Liga das Nações.