Os gigantes de Milão, que entre si foram coroados campeões europeus dez vezes, enfrentam-se na quarta-feira no maior jogo entre as duas equipas em quase duas décadas, e o treinador do Inter, Simone Inzaghi, está bem ciente da sua importância.
Será a primeira vez que os dois clubes da Serie A se defrontam na principal competição europeia de clubes, depois do chamado "dérbi da vergonha" de 2005, um jogo dos quartos de final ganho pelo AC Milan, cuja segunda mão não terminou, depois dos adeptos do Inter terem lançado foguetes para o relvado de San Siro, quando a sua equipa estava muito atrás na eliminatória.
"Não é um derbi, é o dérbi", disse Inzaghi na conferência de imprensa de antevisão ao jogo.
"Sabemos o que significa para nós, para o clube, para os nossos adeptos e para mim próprio. Mas estou calmo porque vi que os rapazes estão muito concentrados. Nos últimos 20 meses, disputámos sete dérbis... ganhámos e perdemos", defendeu Inzaghi.
"Cada jogo tem a sua própria história, haverá alturas em que seremos mais ofensivos e outras em que seremos mais defensivos. Tal como fizemos nos quartos de final, vamos ter de jogar todos juntos e fazer sacrifícios", avisou o treinador do Inter Milão, fazendo referência à eliminatória com o Benfica.
Uma boa fase
O Inter chega a este jogo com uma série de cinco vitórias consecutivas e com um ataque que, até então, não funcionava bem, mas que, subitamente, começou a marcar golos.
A equipa de Simone Inzaghi marcou 14 golos nesta série, dez dos quais foram marcados pelos avançados, com Romelu Lukaku e Lautaro Martinez em grande forma.
"Tivemos um período em que os atacantes não estavam a passar por um bom momento, mas agora, felizmente, eles começaram a marcar novamente e é isso que queremos", disse Inzaghi.
"Não estou preocupado agora, assim como não estava preocupado antes. O problema para mim é quando os atacantes não têm oportunidades, mas os nossos atacantes sempre tiveram ocasiões para marcar", explicou o treinador do Inter.
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Dimarco viu o dérbi de 2005 na bancada
O defeda italiano Federico Dimarco, de 25 anos, era ainda uma criança mas já frequentava o San Siro em 2005, ano do último dérbi para a Liga dos Campeões. Está agora, assumiu, ansioso para um confronto que pode ser a vingança por uma das derrotas mais dolorosas do seu clube de infância.
"Pensar que há 20 anos eu estava a assistir à partida e agora vou jogá-la é uma sensação incrível", disse Dimarco.
"Sabemos a importância do jogo e do dérbi, vamos fazer um bom trabalho", prometeu o defesa do Inter Milão.
